quinta-feira, 9 de julho de 2009
CHEIRO DE PIZZA- *Osny Araújo
Após o depoimento prestado pelo deputado Wallace Souza, à Comissão de Ética na Assembléia Legislativa do Estado, deitado em uma maca na Assembléia Legislativa do Estado, acompanhado do seu médico, e pelo andar da carruagem, segundo matéria publicada no Diário do Amazonas, mostra claro sinais de que uma grande pizza está sendo preparada para ser levado ao forno.
A Comissão de Ética encaminhou o processo originado pela defesa do Parlamentar acusado a Procuradoria da Assembléia, mas, pelas conversas de parlamentares pelos corredores da ALE, existe um forte sinal indicando a absolvição do parlamentar.
Alias essa prática corporativista no Parlamento brasileiro, não pode ser vista como nenhuma novidade ou privilégio do Amazonas.
O corporativismo existe há muito tempo e é praticado abertamente pelo legislativo brasileiro, em todos os níveis, especialmente no Congresso Nacional.
Em Brasília, por exemplo, o tal deputado proprietário do Castelo, beneficiado pelo corporativismo, caminha para não sofrer nenhum tipo de penalidade e o deputado que anunciou na Câmara que queria que o povo se lixasse, deu forças para o deputado do Castelo e garantiu que ele deve andar de cabeça erguida, garantindo ainda que voltará ao Parlamento na próximo legislatura. Pobre povo.
Está na hora do eleitor votar com mais critério, escolher melhor os seus representantes no Legislativo e também no Executivo e aos políticos, precisam ter mais respeito com o povo, considerando que sem o voto popular político não chega a lugar nenhum em cargos eletivos.
O deputado Vicente Lopes, presidente da Comissão não faz segredo quando afirma que ainda existem muitas dúvidas a serem tiradas pela Comissão, que tem como relator o deputado Libernam Moreno e como na dúvida, o beneficiado sempre é o infrator.
Alias, o corporativismo é uma doença que ataca a todas as categorias, mas infelizmente, no Legislativo a cosia aparece em larga escala, o que enfraquece o Poder perante a opinião pública.
Outro exemplo de corporativismo na classe política, acaba de ser demonstrado pela Câmara dos Deputados, quando permite que políticos com processos na Justiça Eleitoral ou no Tribunal de Contas, ainda não julgados, possam ser candidatos, como se não estivessem na mira da Justiça.
O engraçado de tudo isso, é que o eleitor, o pobre eleitor, se não votar, sofre penalidades. Se for servidor público tem o seu salário bloqueado, além de não permitir a participação em concursos públicos e outras penalidades.
Esta na hora de se promover mudanças. Se os legisladores atuais não se esforçam para mudar essas regras, caberá a sociedade, especialmente aos eleitores, viabilizar essa transformação através do voto popular, promovendo uma esmagadora renovação nas casas legislativas do País. É bom lembrar, que ano que vem é tempo de eleição, logo, poderá ser o início de importantes mudanças.
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-Mail: osnyaraujo@bol.com.br
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