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domingo, 6 de fevereiro de 2011

NOVOS TEMPOS

                                                                                                       *Osny Araújo

Fevereiro chegou anunciando novos tempos no campo político, com substancias alterações no legislativo em todos os níveis e torço para que essas inovações possam construir fatos positivos para a sociedade.
No Amazonas, o cacique Belarmino Lins, do PMDB, o famoso, Belão, perdeu o trono de presidente da Assembléia Legislativa, após três mandatos consecutivos para o deputado Ricardo Nicolau, do PR e com isso, a Casa ganha uma nova filosofia administrativa, tomara que para melhor.
Os primeiros sinais dessa mudança já foram dados pelo novo presidente, com a exoneração de quase trezentos servidores comissionados e outras novidades certamente virão nos próximos dias, até porque, o novo mandatário assumiu o Poder prometendo austeridade e diminuição de gastos. Vamos aguardar.
No campo político propriamente dito, nada muda para o governador Omar Aziz (PMN), que não terá dificuldades em aprovar os projetos do interesse do Governo, considerando que mantém maioria folgada na Casa, fato que certamente lhe garante uma grande tranqüilidade pois não deverá ter o incômodo encalço de contrários as suas propostas de Governo.
Lá pelas bandas da Câmara Municipal de Manaus, o prefeito Amazonino Mendes (PTB), não deverá ter facilidades para passar com os seus projetos pela edilidade. Com um presidente de desafeto político, mesmo sendo do mesmo partido, e a bancada governista rachada, o prefeito deverá exercitar toda a sua experiência política que é longa e usar muito jogo de cintura para levar a cabo as suas ações que dependerem da aprovação do Legislativo.
Espero sinceramente que as questões pessoais e até políticas não interfiram em prejuízo da sociedade que não tem nada a ver com essas desavenças. O que o povo quer e espera são melhorias para a cidade e conseqüentemente para a vida dos manauaras. Espero que o bom senso prevaleça e que todos possam sair ganhando nessa história.
Não é pelo fato do parlamentar ser oposição seja obrigado a votar contra um projeto do interesse da sociedade o mesmo ocorre com a turma governista, que não é obrigada a aprovar um projeto que não seja do interesse coletivo, simplesmente para agradar ao Executivo. Entendo que votar contra ou a favor, com respeito ao povo, com coerência e convicção é praticar literalmente a democracia.
No Planalto, o PT emplacou as presidências da Câmara, com o deputado petista Marco Maia e do senado mantendo o peemedebista José Sarney na presidência, forte aliado do Governo Dilma, o que dá certo alívio a presidente, mesmo em se tratando do PMDB, um partido que sabe jogar bem com o Poder, com força política e não muito confiável, mas considerando que o vice-presidente da República Michel Temer é do Partido, as coisas poderão ser facilitadas um pouco para a presidente Dilma Roussef, que não tem uma situação confortável no Senado.
O mesmo não acontece na Câmara Federal, onde o Governo cona com maioria esmagadora, mas como uma casa não caminha sem a outra, a presidente precisa de muita articulação para vencer as barreiras que certamente aparecerão lá pelo Senado. Nada que boas conversas e certas concessões, não acalmem os ferrenhos oposicionistas do Senado. Coisas de política. (Publicação simultânea nos sites noticianahora, amazonianarede, tadedesouza e blog Jornalismo Eclético)

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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