INCRA faz balanço das ações de
Reforma agrária em Itacoatiara
Fonte: Ascom, INCRA,AM

Com desenvoltura, a superintendente mostrou em detalhes o trabalho do INCRA nos cinco projetos de reforma agrária no município, as boas coisas que acontecem, as dificuldades, os problemas que precisam ser solucionados e falou da necessidade de parcerias atuantes para que as ações possam ter o sucesso desejado por todos.
No município de Itacoatiara, que integra a Região Metropolitana de Manaus, o INCRA atua em seis projetos de reforma agrária, sendo dois tradicionais, Iporá e Engenho, o Projeto de Assentamento Agroextrativista Curupira e em três Projetos de Desenvolvimento Sustentáveis, Novo Remanso, Costa da Conceição e Engenho, totalizando 1.710 famílias beneficiadas.
A abordagem de Socorro Feitosa foi geral, a começar por falar da missão institucional do INCRA, que começa pela promoção da democratização da terra, criação de assentamentos, liberação de créditos, cadastro, emissão de CCUs e DAPs, cuidados com a sustentabilidade, além de administrar as terras públicas da União para destinações e manter um dialogo permanente e aberto com as prefeituras e outras instituições ligadas ao setor.
NOVO FOCO
A superintendente explicou também, a mudança de comportamento no INCRA com relação ao trabalho de reforma agrária que passou a desenvolver no Amazonas, agindo de acordo com as leis ambientais, garantindo que é possível trabalhar a reforma agrária sem agressão ao meio ambiente e é isso que o INCRA passou a fazer, quando deu um novo foco à reforma agrária, com ações de sustentabilidade.
“Nós deixamos de trabalhar com os tradicionais assentamentos, os PAs e passamos a investir em projetos sustentáveis de reforma agrária, com o reconhecimento de Reservas de Desenvolvimento Sustentáveis, reservas nacionais, a criação de reservas extrativista, Projetos de Desenvolvimento Sustentáreis Projeto Agroextrativista, Projetos Agro-florestais e outros, dentro dessa nova visão, reconhecendo as famílias que vivem nesses locais como beneficiárias da reforma agrária, levando os benefícios do programa, cidadania e inclusão social a quem não agride e sim, ajudar a preservar a natureza” – disse Feitosa.
Feitosa frisou que todas as ações do INCRA no Estado, levam em consideração as demandas formuladas pelos movimentos sociais e a partir daí é feito todo o trabalho para a inclusão dessas demandas no Programa Nacional de Reforma Agrária a começar pelo perfil dos interessados.
Disse também a superintendente, que dentro desse novo enfoque , chamou a atenção para o grande esforço que o INCRA está fazendo o grande trabalho que INCRA está realizando para zerar o passivo ambiental, considerando que a partir de agora o primeiro passo para a criação de um assentamento é a licença ambiental, fato que não ocorria no passado.
REALOCAÇÃO
Com relação à realocação de 117 famílias que foram retiradas pela FUNAI da Reserva Indígena Mura, no rio Urubu e que não receberam indenização, pois segundo a FUNAI se estabeleceram no local após a decisão da retirada, o que proporcionou o pagamento de indenização as várias famílias, a superintendente ouviu os argumentos do secretário de Produção do município Joaquim Martins e apesar de sensibilizada pelo problema, não pode dar uma resposta positiva de imediato.
As 117 famílias, que estão passando por sérias dificuldades na cidade de Itacoatiara e que não tiveram direito a indenização da FUNAI, esperaram em 2889/09 por uma solução, inclusive porque algumas estão com dívidas bancárias uma vez que não puderam comercializar a produção oriunda das terras da reserva.
Socorro Feitosa explicou que nos vários assentamentos que o INCRA atua no município existem vagas disponíveis, mas frisou que essa não é uma ação das mais rápidas e fáceis. “Primeiro, temos que ver se as pessoas têm o perfil da reforma agrária e em seguida, se estão dispostas a integrar os lotes nos projetos. No meu entendimento, essa solução é mais rápida e prática do que se criar um novo projeto apenas para resolver esse impasse, mas isso precisa de uma discussão mais abrangente”.
Como não é apenas o INCRA que tem terras, Feitosa sugeriu que essa questão passe a ser discutida também com o Instituto de Terras do Amazonas, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e a Prefeitura de Itacoatiara, a fim de que a questão possa ser resolvida, sem maiores prejuízos para as famílias que precisam de um local para morar e trabalhar.
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