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quarta-feira, 30 de março de 2011

INTEIRO POR COMPLETO

                                                                                  *Osny Araújo

Tinha outros assuntos em mente para este artigo, mas resolvi deixar tudo para mais tarde e falar um pouco hoje de um homem que ao longo de toda a sua vida, demonstrou ser um vencedor, como pessoa, empreendedor, comerciante, industrial e político, sem nunca ter perdido a humildade, o bom humor e o amor pela vida. Falo de José Alencar, um homem que saiu da vida e entrou para a história. Uma história rica de humanismo, sabedoria e exemplos.

Industrial e político de caráter retilíneo, o ex-vice presidente da República José Alencar, nos dois mandatos do Governo Lula, marcou a sua passagem pelo Poder com um comportamento irrepreensível, austero, justo e comprometido com o País que ajudou a governar, sempre demonstrando liderança, vontade própria e lealdade.

“Homem de frases de efeito como “o trabalho veio antes do capital, por isso é importante” ou ainda” se eu morrer hoje deve ser melhor pra mim. Deus não faz nada ruim a ninguém” ou ainda, “vice não se elege, por isso deve ser fiel, leal, mas sem ser submisso” e tantas outras que marcaram a sua passagem pela terra em todos os seguimentos em que atuou de forma competente e vibrante.

Acompanhei à distância a trajetória de José de Alencar, que infelizmente, como jornalista nunca tive o prazer de entrevista-lo, fato que não me impediu de admirá-lo, pelos valores que esbanjava qualidades hoje, tão raras nos nossos políticos. Alencar era quase uma exceção, daí, a minha grande admiração pelo guerreiro que lutou durante quinze anos contra um câncer, sem lhe tirar o bom humor e o sorriso daquele mineiro de voz forte e pausada.

Como vice de Lula, Alencar mesmo sendo Governo, nunca deixou de se manifestar contra a alta política de juros do Governo, mas essa discussão sempre ocorria às claras, com muita lealdade. Ele tinha o cuidado de fazer as suas colocações, sem criar constrangimentos ao seu ídolo político que era o presidente Lula, talvez por isso Lula tenha viajado tanto e deixado o Governo do país nas mãos do seu competente e leal vice por 441 dias.

Alencar que morreu aos 79 anos, demonstrou ser um homem de batalha até no momento de enfrentar a morte, o que fez com determinação e sem medo. Essa foi à grande marca deixada por esse mineiro nascido no interior de Minas Gerais, filho de uma família pobre em Muriaé.

O sucesso empresarial de Alencar lhe rendeu prestígio no País e no exterior. Foi presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, da Confederação Nacional da Indústria e outras atividades, até que resolveu entrar na política. Candidatou-se ao Governo de Minas sem sucesso, mas em seguida elegeu-se senador e aliando-se a Lula, chegou à vice-presidência da República, onde também comandou por dois anos o Ministério da Defesa.

Alias, essa aliança de Alencar, um capitão de indústria com o ex-sindicalista Lula, um homem literalmente de esquerda, abriu portas para que muitos influentes empresários brasileiros começassem a olhar Lula candidato e Lula Governo com outros olhos e tudo isso, graças à aproximação de José Alencar, que iniciou no PMDB, PL posteriormente o PR com o PT de Lula e Dilma.

Empresário e político livre e de ficha limpa, o homem vitorioso em tantos desafios da vida, finalmente foi vencido pela morte. A morte saiu vitoriosa por ser mais forte, mas não pela falta de luta de quem amava como ninguém a vida, demonstrando força de vontade e abnegação, mesmo nos momentos mais difíceis dessa luta, deixando clara a mensagem que a vida foi feita para ser vivida de forma tranqüila e feliz.(Publicação simultânea nos sites: noticianahora, amazonianarede, tadeudesouza e blog jornalismo eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista política.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

sábado, 26 de março de 2011

Lei Florestal não diz nada aos povos da cidade


                                                                                                                           Ronaldo Santos*

A reforma no código florestal não representa muita (ou quase nada) aos povos que longe dela vivem. Esta afirmação – embora assustadora para quem labuta, milita ou tem alguma relação com as florestas - parece não fazer muito sentido. De fato não faz.

A Lei Florestal trata da proteção e uso de matas nativas e plantadas no território brasileiro. É antiga. Seus primeiros rabiscos datam ainda de 1934; foi reformulada ao longo dos anos e agora ganha cores com a nova reforma nas mãos do parlamento.

Apesar de sua longevidade e importância, os povos da cidade que pouca relação direta têm com as riquezas naturais - a não ser um fim de semana nos sítios das redondezas - no geral, dão de ombros à discussão que se trava para a mudança nas regras de uso e proteção das matas.

Floresta = riqueza

Neste sentido, um morador das cidades, medianamente informado, pode, com suas razões, declarar que não tem nada a ver com isso. Afinal ele não é agricultor, nem governo nem membro de ONG. Obvio? Nem tanto.

As informações acumuladas até agora, no campo científico, dão conta de que todos são, de alguma forma, afetados ou beneficiados com a presença ou ausência das matas. Vejamos.

Com efeito, há inúmeras formas de benefícios indiretos aproveitados pelos urbanóides com a presença das florestas (veja artigo aqui). A lista é enorme: fornecimento de água, proteção dos rios, influência no ciclo das chuvas, regulação da temperatura, absorção de gases atmosféricos, fonte de bioprodutos (medicina, cosméticos etc), proteção das espécies...

A discussão da mudança na Lei ou Código Florestal deve, portanto, ser artigo de urgente e primeira necessidade, não? Bem, num primeiro olhar, sim; mas, ao que parece somente o povo rural – que serão mais diretamente afetados com as mudanças na proteção de porções de florestas nas propriedades – se preocupa coma questão.

Só no Brasil?

Baseado nisso, o relator da proposta de mudança na Lei, Deputado Aldo Rebelo, em recente visita ao Sudoeste do Amazonas, Município de Boca do Acre, traz um argumento revelador: os países que mais agitam a bandeira da proteção ambiental - e sede de muitas das principais organizações anti-reforma - , não possuem uma estrutura legal de proteção das florestas como a nossa. “Andei na Europa, Estados Unidos, Canadá, lá eles não tem reserva legal nas propriedades rurais. Por que só pedem do Brasil?”, alfinetou Aldo.

Obviamente que não podemos deixar de ter somente pelo fato dos outros não terem. Seria bobagem. Mas, do ponto de vista dos interesses, carece uma análise mais detida sobre o argumento do Deputado. Ele, porém, adiciona outros argumentos para embasar a mudança na Lei: as regras não atendem mais a realidade do país. Em muitos casos é um fato.

Um dos principais argumentos á reformulação está no não cumprimento. Em parte, pela falha na fiscalização, mas, sobretudo, na possibilidade real de ser cumprida. Há clara insegurança jurídica (sobretudo nas mudanças to tamanho da reserva legal).

Por exemplo, há casos onde um agricultor na Amazônia pode ficar sem área a ser cultivada. Se ele observar, palmo a palmo, o que diz a Lei em vigor fica em nada para o plantio. A proposta de Aldo tenta concertar esta visão.

Sem consenso, a mudança vai resolver?

A mudança na proposta, a ser votada em mais algumas semanas no Congresso, é uma daquelas onde sobra polêmica e falta consenso. A análise contrária mais clara, equilibrada e com sugestões factíveis à disposição do público foi feita pela ONG Imazon, de Belém (aqui disponível).

Na prática, contudo, não há mais espaço para alterações. Com aparente segurança no que acredita, Aldo enfatiza: “Já ouvimos a todos, fizemos inúmeras viagens, fóruns e oficinas científicas sobre o tema. E, mais importante, ouvimos os agricultores”, afirmou Aldo Rebelo em Boca do Acre.

Contrário às crenças do Deputado, a maior parte dos cientistas, contudo, mostra-se temerosa às propostas. Bradam que a mudança trará conseqüências à biodiversidade e seria um tiro no pé da agricultura – que, ao fim e ao cabo depende de água para a sua existência. Os dados disponíveis lhes dão razão.

E afinal, por que a Lei não faz sentido aos urbanos? Com efeito, esta falta de lógica do povo da cidade em não se importa com a Lei Florestal vai à contramão da razão. Esquecem-se, por exemplo, de que está no campo a origem de tudo que comemos, praticamente.

Assim, o desligamento com os fatores do campo – como parte explicativa de uma sociedade cada vez mais ligada ao que vem da tecnologia e das cidades - faz com que, por exemplo, vivamos à custa de apenas 5% da população mundial produzindo comida para os demais.

Este fato explica, mas não resolve o problema. Manter a Lei como está ou mesmo a sua mudança, infelizmente, parece que também não resolverão.

*Ronaldo Santos é engenheiro agrônomo, servidor público federal de carreira e escreve costumeiramente neste endereço eletrrônico.

A HORA É DE UNIÃO E NÃO DE ACHAR CULPADOS
                                                                                                                      
                                                                                                                                                                    *Osny Araújo

Após passar uma semana esfriando a cabeça nas praias da bela e acolhedora Fortaleza, retorno a Manaus, a minha cidade querida e já começo a esquentá-la, quando através do prestigioso jornal Amazonas Em Tempo, li a matéria sobre o camelódromo, quando o ex-prefeito de Manaus e atual presidente do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), anuncia a desistência de a prefeitura ordenar o centro da cidade, no que diz respeito aos camelôs e desabafa fazendo sérias acusações ao Ministério dos Transportes, leia-se ministro Alfredo Nascimento, que também foi prefeito de Manaus.

Entendo que a situação não é nada fácil pára resolver um problema, como o de localizar os camelôs numa área central da cidade, onde possam trabalhar e ganhar o sustento das suas famílias. A missão é difícil, mas precisa ser resolvido o quanto antes, pois nunca é tarde lembrar, que o tempo urge e a Copa do Mundo de 2024 caminha a passos largos. O certo é que esses ambulantes, com Copa ou sem Copa não podem mais permanecer onde estão dando uma péssima impressão para os visitantes de uma cidade que tem muito a ganhar com o turismo.

Também não entendo o embargo da construção do camelódromo numa área do Porto de Manaus. Acho que realmente o objetivo dessa ação foi atrapalhar o andamento da obra e criar um complicador a mais para quem tem a responsabilidade de preparar a cidade para o grande evento esportivo internacional de 2014. Alias essa turma que parece torcer contra a Copa em Manaus, procura de todos os modos atrapalhar. É só observar o que vem acontecendo com o projeto do Monotrilho.

Não é hora de jogar a toalha como anunciou presidente do Implurb. O momento é de união de esforços, de vontade política e da união de todas as lideranças do Estado para resolver esses problemas que se não forem solucionados a tempo, poderemos sim, perder a Copa e se isso ocorrer, o que espero que não aconteça, será por pura incompetência nossa, das picuinhas, do egoísmo de alguns que são contra ao progresso de Manaus e do Amazonas. É uma pena que ainda existam pessoas, ou melhor, autoridades e lideranças que pensam e agem dessa forma.

É necessário, que se entenda que não serão três ou quatros jogos da Copa que está em jogo. É o nosso próprio futuro como cidade, o grande vestibular para metrópole e transformar Manaus realmente num grande pólo turístico interno e externo e naturalmente, melhorar a vida dos que aqui vivem e trabalham.

Por isso, a importância de se deixar de lado questões pessoais, políticas, desavenças bestas e construamos uma corrente forte, sem egoísmo e buscarmos com rapidez soluções práticas para os problemas que tentam atrapalhar a preparação da cidade, mas sem nunca deixar de usar a lisura e a transparência, até porque, estamos tratando de recursos públicos que serão investidos em todas essas importantes obras de infra-estrutura da cidade. Uma coisa é certa.

 Se tivesse sido Belém a cidade escolhida para sediar a Copa na Amazônia, todos estariam unidos em torno desse fabuloso projeto e a coisa estaria andando naturalmente. Para os paraenses, o Pará está acima das questões políticas e pessoais e nós, parece que pensamos de forma diferente. Ainda há tempo para virar esse jogo, se houver comprometimento das forças vivas do Estado, nos seus mais diferentes seguimentos e vontade polícia para atacar e resolver os problemas que tentam atrapalhar esse fabuloso projeto e o grande legado que a Copa deixará para Manaus e os amazonenses.

Hoje, a nossa economia, vive exclusivamente à custa da Zona Franca de Manaus com o seu Pólo Industrial, mas, poderemos agregar a isso, um forte pólo turístico, explorando as belezas que a natureza nos presenteou e que não estamos sabendo aproveitar de forma racional e lógica, com essa fabuloso indústria do turismo, tão mal explorada e administrada pelo Governo e pelos próprios empresários.

A hora é de união de esforços em prol do projeto Copa 2014. Vamos colocar as mãos na massa e deixar de estar fazendo acusações e procurar culpados. Não há tempo para isso. 2014 e a Copa estão bem perto.(Publicação simultânea nos sites: noticianahora,amazonianarede, tadeudesouza e blog jornalismo eclético)

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br
Manaus que eu vi e vivi!


                                                                                                                                                                    *Almir Barros Carlos

Manaus, na década de 60, tinha pouco mais de 250.000 (duzentos e cinqüenta mil)habitantes. Cidade pacata, acolhedora,sedutora e que facilmente conquistava quem a visitasse; tínhamos um ditado que dizia: "Quem come jaraqui, não sai mais daqui!". Para se ter uma ideia de como era Manaus nessa época,tínhamos apenas uma saída da cidade, a AV. João Coelho, hoje, Constantino Nery.

 Depois da Bola do Olympico, era considerada Zona Rural. Lembro que o Colégio Solon de Lucena,onde mais tarde fui seu Diretor, localizava-se na Rodovia AM-010 Km 03.L´, mais a frente a Zona Fria...

Logo após a Ponte dos Bilhares, ao lado direito, era o Cabaré da Verônica (ainda não existia Cidade Jardim), apenas o Retiro Maromba, mais a frente, onde ficou hospedada a Delegação da Seleção Brasileira de Futebol em 1970 ,escolhido por ser um local afastado da cidade. Mais a frente, à esquerda, o Bosque Clube e, entre este e a Chácara do Dr.Guilherme Nery, outro Cabaré, o Sanghri-lá, onde, segundo alguns, aconteceu a primeira briga entre Waldick Soriano e Tigre do Amazonas, Salim Dib (dedicarei uma crônica sobre o assunto em breve).

Mais adiante, o Clube Sírio e Libanês e a Usina Londrina, o resto era mato, até o Hospício e a seguir, Estrada, chegando a uma pontezinha até o Abrigo dos Arigós, ao lado da Frigelo, na entrada do Conjunto Duque de Caxias, após o Aeroclube e, bem em frente ao Clube Municipal. Não existia nada mais, nenhum desses conjuntos e bairros de hoje: D. Pedro, Alvorada, Ajuricaba, Campos Elísios,Santos Dumont, Cidade Nova, enfim... depois do Hospício, somente o Solar da Olímpia, restaurante famoso por oferecer uma deliciosa Bacalhoada e alguns balneários e Cabarés, como, o Rosa de Maio, ao lado do hoje Motel Detalhes, o La Hoje, entre o Aeroclube e a entrada do bairro da União, e o Angelus, onde hoje se localiza o Cobra`s Motel (vale ressaltar que para ter acesso, somente pela João Coelho, pois não existia Djalma Batista).

 Pela Rua Recife, após passarmos pela Vila Municipal,local bucólico, onde existiam diversas chácaras, chegávamos ao Clube Acapulco, o "point" de Manaus; Cassino famoso, onde se apresentaram as principais estrelas de nossa música, como: Dalva de Oliveira, Cauby Peixoto, Waldick Soriano, Ângela Maria, Pery Ribeiro...e um pouco mais a frente o fabuloso Balneário do Parque Dez, muito frequentado pelas famílias manauaras.

À direita, onde hoje se localiza a Efigênio Sales, era a Estrada do V-8. Fico lembrando do Bairro de São Raimundo, com o estádio da Colina, do Bairro do Santo Antonio, da Glória, do Morro do Bode, da Estrada do Bombeamento, hoje Ponta do Ismael, da Fábrica de Compensados, que deu nome ao Bairro da Compensa,terras que pertenciam à viúva Borel, da Estrada da Jonasa, onde se localizava o Cabaré Florestas! Fecho os olhos, dou rédeas à imaginação e me delicio, lembrando também do Beco do Macedo e do saudoso e querido Parque Amazonense,de tantos jogos inesquecível Para a Zona Sul, os Bairros da Praça 14, onde sempre se estabeleciam Circos, como o famoso Circo Garcia, que teve inclusive apresentação do Rei Roberto Carlos, salvo engano em 1966

A seguir o Bairro de Cachoeirinha, Educandos, Morro da Liberdade e o venusto Aeroporto de Ponta Pelada, onde várias noitadas foram "curtidas" em seu aconchegante terraço!

Que beleza era minha cidade, minha Manaus cabocla! O que fizeram de ti, em nome do inexorável progresso ? e nada fizemos para impedir essa criminosa destruição de teus límpidos igarapés e cachoeiras, como as do Tarumãzinho e do Tarumã Grande, da Ponte da Bolívia, do Mindu (dos padres Redentoristas) e da própria

Passivamente deixamos que tirassem o teu sorriso, não demonstramos filáucia, ficamos inertes, acomodados...

Desculpe Manaus, por um filho teu, não ter ido à luta, quando mais precisavas, agonizavas,sofrias mutações e nós, em estado letárgico, não nos dávamos conta de teu sofrimento, de tuas angústias,de teu fenecer...

*Almir Barros Carlos, Pedagogo, com Especialização em Gestão Escolar, Mestre em Educação. Professor da Rede Pública de Ensino e da UEA, Ex Diretor da Escola Solon de Lucena e M.`.M.`., escreve sempre neste endereço.











sábado, 12 de março de 2011

UM PASSEIO VESPERTINO
PELA MANAUS QUE VIVI

                                                                                                                      
                                                                                                          *Almir Barros Carlos
Transcorria o mês de junho do ano da Copa no Chile, de 1962, tarde quente, mormacenta, preguiçosamente findando com a despedida do astro-rei.

Ia eu a matutar com meus botões, descendo a Avenida Eduardo Ribeiro, em direção à Matriz. Passei em frente ao majestoso Palácio da Justiça e à esquerda vislumbrei o magnífico Teatro Amazonas. Não existia Credilar Teatro, nem Edifício Cidade de Manaus, suava muito; parei para me refrescar com o xarope de guaraná Luséia e comer uma queijadinha, na Confeitaria Avenida, em frente ao O Jornal e Diário da Tarde.

Olhei de lá e vi o Cine Odeon e no cartaz, Sarita, Montiel, no papel principal, como A Mulher Serpente. Andei um pouco mais e fui vendo a Maranhense, Casa Marabá, Salão da Messody e, parei em frente ao Cine Avenida, para ver os cartazes. Anunciavam vários filmes para breve, mas, o que me chamou atenção foi Oscarito e Grande Otelo. Haveria de assistí-los. Gravei a data de estréia 09 de setembro.

Atravessei a rua Saldanha Marinho, passei pelo Bar Avenida, onde alguns fanáticos torcedores, após algumas XPTOs, comentavam mais uma vitória do futebol brasileiro, mais um show do anjo das pernas tortas,Mané Garrincha.

Continuei, atravessei a Avenida Sete de Setembro, caminhei até o Relógio Municipal e decidi ir até o Aviaquário. Fiz uma visita rápida aos animais, subi os degraus e entrei na Matriz. ,Rezei pedindo proteção
à Nossa Senhora e retomei meu passeio; atravessei o Tabuleiro da Baiana, com olhos gulosos para as bananas fritas, o tacaçá, o pé de moleque,e a garapa do Seu Waldemar.Resisti heroicamente...

Parei, pensei e...decidi que iria até o Roadway(o querido "Rodo",em nossa linguagem baré), de onde poderia desfrutar o arrebol que se formava no crepúsculo, lá do outro lado, onde o sol se escondia se despedindo de minha cidade sorriso, localizada à margem esquerda do coração do Rio Negro.Fiquei ali, horas a fio, a contemplar aquela beleza cabocla que só Manaus podia proporcionar...(Nas da esquerda para a direita: Cine Odeom, Igreja Matriz de N. S. da Conceição, Teatro Amazonas e Roadway)



sexta-feira, 11 de março de 2011

INCRA PREPARA ENTREGA DAS
PATRULHAS MECANIZADAS

Fonte: Ascom, INCRA-AM
A Superintendência Regional do INCRA-AM está agendando para a próxima semana a entrega de sete patrulhas mecanizadas para as prefeituras dos municípios de Manaus, Careiro, Lábrea, Apuí, Parintins, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo, onde existem projetos de assentamentos tradicionais da reforma agrária, segundo anunciou a superintendente Maria do Socorro Marques Feitosa.

Os Termos de Cessão de Uso que serão assinados entre o INCRA e as Prefeituras estão sendo elaborados, onde constam os deveres e responsabilidades das duas instituições.

Cada município receberá uma patrulha mecanizada completa, composta por 01 pá-carregadeira, 01 trator esteira, 02 caçambas, 01 moto-niveladora, 01 retro-escavadeira, 01 rolo-compactador e 01 caminhão e 02 caçambas, no valor de R$ 1.668.600,00. O investimento é superior a R$ superior R$ 11 milhões.

Nos sete municípios que serão beneficiados com a cessão das patrulhas, existem 15 projetos tradicionais de reforma agrária, com uma 14.551 famílias assentadas, produzindo farinha de mandioca, macaxeira, côco, banana, horti-fruti-granjeiros, piscicultura, cupuaçu, abacate, abacaxi, mamão, maracujá e outras culturas tradicionais da região.

CUSTO BENEFÍCIO

Na opinião da superintendente Socorro Feitosa, o custo benefício dessa cessão para os municípios onde estão os projetos tradicionais, “será muito bom”, considerando as ações desenvolvidas anualmente pelo INCRA na abertura de vicinais e recuperação de estradas nos assentamentos é muito grande, uma vez que as malhas viárias dos assentamentos são muito castigadas com o rigor do inverno amazônico.

Esclareceu ainda, que essa parceria firmada entre o INCRA e as prefeituras, esse trabalho passará a ser desenvolvido pelos municípios, ocorrerá com maior rapidez e custos mais baixos, atuando numa área viária de 2.526 km de estradas.

A superintendente fez questão de afirmar que todo o equipamento foi adquirido através de licitação (pregão eletrônico), aberta para todo o País, com a participação de mais de vinte empresas.

A empresa amazonense Moto-Técnica Comércio e Engenharia ganhou a concorrência para o fornecimento das máqui8nas pesadas das patrulhas e as empresas Resende (Manaus) e Ubermac (Ubelância-Mg), forneceram os caminhões e as caçambas.

GARANTIA E MANUTENÇÃO

Em contato com a imprensa, o empresário Abel Guedes, importador e revendedor de tratores e máquinas rodoviárias da marca XCMG, de origem chinesa, fornecedor dos tratores para o INCRA, garantiu que todo o equipamento tem a garantia de 1,5 ano ou três mil horas trabalhadas, além de um grande estoque de peças de reposição no Brasil, incluindo Manaus.

O empresário esclareceu ainda que o equipamento entregue ao INCRA tem certificado de qualidade (Rolpes) uma espécie de ISO 14000, cuja qualidade foi aprovada inclusive pela Comunidade Européia.

Para demonstrar a qualidade do equipamento, Abel Guedes frisou que já vendeu mais de 200 máquinas semelhantes asque forneceu para o INCRA, além de ter comercializado equipamento semelhante para o Exercito Brasileiro, no Amazonas, todos funcionando plenamente, o que segundo ele, demonstra a boa qualidade das máquinas.


quarta-feira, 9 de março de 2011

O BRASIL NOS TRILHOS DE NOVO

                                                                                                        *Osny Araújo

No Brasil é assim mesmo. O ano termina e começa com a iniciativa priva com a mão na massa, mas, o serviço público, só funciona mesmo pra valer após o Carnaval. Terminou a folia e agora sim, todos ao trabalho.

Esta frase não se aplica aos nossos parlamentares, especialmente a turma lá de Brasília que integra o Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e Senado Federal. Estes, terão mais alguns dias de Volga e só retornarão ao batente lá para o meio da próxima semana. Coisas da nossa política.

Espero que nesta retomada do serviço público ocorram coisas boas. No campo político, deveremos ter um ano dos mais movimentados, caso aconteçam às coisas que estão sendo propaladas. Vamos aguardar o andar da carruagem com muita expectativa.

O momento, não deverá ser dos melhores para o Governo que resolveu apertar o cinto e tirar de circulação R$ 50 bilhões do Orçamento, fato que desagradou a muitos políticos, que tiveram ou terão algumas de suas emendas parlamentares cortadas.

Por outro lado, a presidente Dilma passou o Carnaval na calmaria da Barreira do Inferno, uma antiga Base Militar de onde foram lançados os primeiros foguetes brasileiros. Lá, onde reinou absoluta calmaria, certamente que a presidente recarregou as baterias e está pronta para as batalhas políticas e administrativas que terá pela frente, a começar pelas nomeações do chamado segundo escalão, que vem dando muito pano pras mangas e tirado um pouco o sono da presidente.

No Congresso, espera-se que a sonhada reforma política possa realmente ser viabilizada, mesmo sabendo que os congressistas não são muito favoráveis a isso, mas em função da pressão popular que certamente ocorrerá, é possível , que se não tivermos uma ampla reforma política, possamos ter pelo menos uma mini-reforma. Esse já será um bom começo.

Alias, antes dessa reforma, o Brasil deverá contar com um novo partido, o PDB (Partido Democrático Brasileiro) que está sendo articulado pelo prefeito Kassab, de São Paulo e que deverá contar com a participação do prefeito de Manaus Amazonino Mendes, sem clima mais no PTB, entre outras lideranças políticas do País.

Na Justiça, espera-se os julgamentos dos políticos pela lei da Ficha Limpa, que deverá alcançar inclusive o ex-presidente da República e atual senador por Alagoas Fernando de Mello e outros, que estão com processos na fila de espera, deixando muitos suplentes angustiados e sonhando em assumir importantes postos na política nacional, nas várias Casas Legislativas.

Aqui pelo Amazonas, também teremos movimentos nesse campo, envolvendo várias lideranças políticas, como é o caso do deputado Ricardo Nicolau (PRP), que deverá responder acusação formulada pelo Ministério Público e o prefeito Amazonino Mendes, que após ter passado o Carnaval na França, se prepara para enfrentar a votação de um pedido de impeachment impetrado pelo vereador Joaquim Lucena, o que na minha modesta opinião dará em nada, até por falta de respaldo legal.

Alias esse fato, foi apenas mais uma oportunidade que o vereador encontrou para ganhar espaço na mídia, fazendo uma tempestade com um copo d’água, em função de um episódio envolvendo o prefeito e uma comunitária da comunidade Santa Marta, logo após um desabamento com morte, o que certamente não resultará em nenhum impechement, considerando que o prefeito não teve comprovadamente nenhuma culpa no cartório a respeito que aconteceu. (Publicação simultânea nos sites: noticianahora, amazonianarede, tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

domingo, 6 de março de 2011

Vereadores de Manaus
 batem-boca pelo Twitter

As rede sociais na Internet servem para muitas coisas. Muita gente faz amizades, arruma namorados, marcdam brigas, encontro de amigos e tantas outras coisas, como pro exemplo, dar guarida a briga de políticos pela grande rede, como acontgeceu em Manaus com os vereador Joaquim Lucena (PSB) e Wilker Barreto (PHS), que travaram uma discussão pelo Twitter, o primeiro atacando e o segundo defendendo o prefeito Amazonino Mendes (PTB), que segundo informações passa o Carnaval na França.

Barreto escreveu no microblog que Lucena deve se explicar sobre denúncia contra ele no Ministério Público Estadual (MPE), acerca de desvios de cartão cidadão na época em que dirigia a Secretaria Municipal de Assistência Social, na gestão de Serafim Corrêa (PSB). “O fato de o vereador Joaquim Lucena mover ação contra o prefeito a ele não é dado o direito de não esclarecer essa grave denúncia feita ao MPE”, disparou.

Lucena respondeu ao tweet dizendo que dará explicações sobre o fato quando os vereadores voltarem ao plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM). “Calma, vereador, dia 14 vou esclarecer o fato. Agora quero ver se o seu prefeito vai conseguir se explicar”, retrucou.

O pedido de impeachment se deu como forma de repúdio ao prefeito Amazonino Mendes, após ele ter declarado, na comunidade Santa Marta, Zona Norte, que os moradores deviam “morrer” ali na área de risco e, principalmente, pelo entendimento da oposição de que o prefeito tratou uma moradora paraense com discriminação.

O pedido de impeachment contra o oprefeito Amazonino Mendes, será votado pelo plenário da da Câmara Munipal de Manaus logo após o Carnava. Os vereadores aliados do prefeito demonstram tranquiulidade, considerando que o fato ocorrido e que resultou no requerimento do vereador Joaquim Lucena não representa nenhum crime que possa materilizar um impeachment.

sábado, 5 de março de 2011

 
Cuidado com a conjuntivite no Carnaval
 
Agencia Brasil

Brasília – Além de irritações provocadas pelo uso de maquiagem e pela espuma de carnaval, o feriado registra também altos índices de casos de conjuntivite.

De acordo com o Ministério da Saúde, o risco é maior em meio a grandes aglomerações, já que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa. A orientação é lavar constantemente as mãos durante a folia e evitar o contato direto com os olhos.

Ao menor sinal de irritação, a dica é lavar a região dos olhos abundantemente com água corrente e, caso os sintomas não desapareçam, procurar um médico.

O ministério alertou para um erro considerado comum diante de quadros de irritação nos olhos – a auto medicação com colírios. Segundo a pasta, o uso indiscriminado e inadequado do produto pode agravar o problema e até mesmo piorar o quadro de conjuntivite.
POLÍTICA, SÓ DEPOIS DO CARNAVAL

                                                                    *Osny Araújo

Como estamos em tempo de reinado de Momo, I e único, o monarca da folia, peço licença aos meus leitores para excepcionalmente neste artigo não falar em política, a final, estamos no Carnaval e é aquela velha história. Tudo é Carnaval.


Por isso, vamos esquecer agora que o Amazonino tem um pedido de Impeachment tramitando na Câmara Municipal de Manaus e ainda assim, ele bateu asas e vôo para a França, sinal que está muito preocupado com o bobo requerimento do vereador Joaquim Lucena.

Não falaremos também da ameaça de cassação de mandato por compra de votos do presidente da Assembléia Legislativa do Estado, deputado Ricardo Nicolau e muito menos do feriadão mais do que prolongado do Congresso Nacional que terá onze dias de folga, fazendo inveja aos reais trabalhadores brasileiros que já estarão de volta ao batente na tarde da quarta-feira de cinzas.

Não falaremos também na sonhada reforma política que dá os seus primeiros passos no Congresso Nacional, por isso, peço passagem e agora sim, o assunto é Carnaval. Nada mais justo. Então vamos lá com o Carnaval, que é sem nenhuma dúvida a maior festa popular brasileira ou melhor, do planeta.

Primeiro, torço para São Pedro fechar as torneiras e não mandar chuva para atrapalhar os belos desfiles das escolas de samba que acontecerão pelo Brasil a fora, incluindo Manaus, onde já existe um bom, animado e luxuoso Carnaval, este ano mais emocionante, pois teremos o acesso e decesso. Só espero que a Sem Compromisso faça bonito no Sambódromo.

No Rio, onde mora o melhor Carnaval do mundo, ainda lamentando o incêndio na Cidade do Samba, destruindo completamente alegorias de três famosas Escolas, incluindo a minha Portela, certamente teremos mais um grandioso espetáculo, mostrando para o mundo a beleza dessa alegria bem brasileira, através fantástica ópera popular que contagia a todos nós. É a cultura popular do povo, mostrada para o mundo com muita alegria e descontração.

Como não sou muito carnavalesco e preferia o chamado carnaval de salão, onde tradicionais marchinhas como “Me da um dinheiro aí” “A Jardineira”, ”Maria Sapatão” e tantas outras faziam sucesso ao lago e verdadeiras obras de artes como, como por exemplo, a “Máscara Negra, Bandeira Branca”, “s Pastorinhas” que faziam os carnavalescos deslizar nos salões. Tempos bons que não voltarão mais.

É com esse espírito nostálgico vou para o sítio, tomar com moderação umas geladas, sem dirigir e curtir a vida assistindo pela TV o grandioso espetáculo do planeta terra, o nosso carnaval, torcendo pelas minhas escolas preferidas a Sem Compromisso, em Manaus e a gloriosa Portela, no Rio e naturalmente recordar os velhos e saudosos carnavais de muitas histórias e paixões nos salões  elegantes do Nacional, Rio Negro, Cheik, Bancrévea, Luso e outros grandes pontos que marcaram os carnavais dos anos sessenta, setenta.

Bem, vou ficando por aqui, fazendo votos para que todos tenham um animado e feliz Carnaval, com alegria e muita paz, mas para isso, serão necessários alguns cuidados para não cometer os tradicionais excessos provocados pela própria folia e lembre-se: Beba com moderação e se beber não dirija, preserva a sua e a vida dos outros.

Bem. Chega de papo, tenham todos um bom Carnaval e no meio da semana voltaremos para falar de política e politicos, analisando fatos e comportamentos." Ei, voce aí, me da um dinheiro aí, me da um dinheiro aí / não vai dar, não vai dar não,/você vai ver a grande confusão/ eu vou beber, beber, beber até caí,/ me dá, me dá, me dá, me dá um dinheiro aí" . Esta foi só para aguçar a lembrança dos mais velhos como eu dos antigos carnavais que passaram, mas que ficaram gravados nos filmes das nossas memórias. Feliz Carnaval. (Publicação simultânea nos sites: noticianahora, tadeudesouza, amazonianarede e blog jornalismo eclético)

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-masil: osnyaraujo@bol.com.br




terça-feira, 1 de março de 2011

AGRONEGÓCIOS: REGIÃO SUL JÁ PRODUZ AÇAÍ

                                                                                              *Thomaz Meirelles

Em 06 de julho do ano passado, o site www.portalsatc.com publicava matéria com o título “Açaí da palmeira juçara é um super alimento”, inclusive contendo várias fotos da produção de Morrinhos do Sul, no estado do Rio Grande do Sul. É isso mesmo, não estou enganado, é a região Sul entrando nesse promissor mercado mundial. Enquanto isso, continuamos focados quase que exclusivamente na luta pela manutenção do modelo econômico implantado no Pólo Industrial de Manaus e na indicação do comando da Suframa. Eu tenho consciência de que jamais deveremos deixar de lutar pelo PIM, mas o setor primário regional precisa receber tratamento diferenciado, de maior apoio financeiro e de melhor estrutura dos órgãos a ele ligados, pois são infinitas as possibilidades de geração de emprego e renda. Será que vamos perder o mercado do açaí para os estados do Sul? Pelo que tenho lido e visto penso que essa potencialidade pode seguir o mesmo caminho de outros produtos regionais cuja demanda vem sendo atendida por outras regiões do Brasil e do mundo. Como exemplo, posso citar o cacau, borracha, juta e malva. A seguir, apresento trechos da matéria publicada no site acima citado e alguns números da produção nacional.

Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Banco Mundial

“A polpa do açaí é de extrema importância ecológica na cadeia alimentar do ecossistema da Mata Atlântica e também pode servir para o desenvolvimento econômico sustentável da região Norte do Rio Grande do Sul e Sul de Santa Catarina. Por sua relevância ambiental, desde 2009 o Açaí da Mata Atlântica tem o incentivo de um programa de fomento organizado pelo Banco Mundial através de um projeto do Centro Ecológico denominado Produção de Açaí para a Geração de Renda e Preservação Mata Atlântica. Com outros 22 ganhadores da América Latina, Caribe, Ásia e África, este projeto foi selecionado entre 1.800 propostas de todo o mundo em uma competição realizada em Washington D.C. (EUA). Até agora um dos resultados mais expressivos da produção de açaí foi a inclusão da polpa na alimentação escolar de Três Cachoeiras-RS, articulada pelo coordenador do Departamento de Meio Ambiente do município, Sidilon Mendes, com apoio da Secretaria Municipal de Educação”. De acordo com o site www.portalsatc.com o açaí da Mata Atlântica possui: uma das maiores concentrações de antioxidantes; contém proteínas, ferro, potássio, magnésio, vitamina E, antocianinas, tocoferol, ômegas 3, 6 e 9; contém 100 vezes mais antocianinas que o vinho tinto; rico em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas; reduz o colesterol ruim; previne doenças cardíacas, doença de Alzheimer e perda de visão; protege a pele dos efeitos do sol; previne a celulite.

Açaí, os números da Conab

Em janeiro passado, minha colega de Conab, a analista Elizabeth Turini, responsável pelo acompanhamento da cultura do açaí, apresentou a conjuntura do produto contendo importantes dados sobre produção e mercado. Tratando-se de um produto em que o setor primário amazonense tem total interesse, destaco algumas partes do relato da analista Elizabeth Turini para reflexão dos envolvidos na atividade. “A produção nacional de frutos de açaí em 2009 totalizou 115.947 toneladas, sendo 4,1% menor que a de 2008. A oferta brasileira está concentrada na região norte, especialmente no Estado do Pará, responsável por mais de 101.375 toneladas por ano, com 87,4% da produção nacional e também o maior consumidor. Com os 10 maiores municípios produtores de açaí segundo (IBGE-2009). O mercado está crescendo, mas ainda é muito instável, sobretudo o mercado internacional. A maior regularidade, em termos de demanda, se encontra no nível regional, principalmente no Estado do Pará que possui um mercado muito forte na região norte, decorrente dos hábitos e tradições de sua população. Um problema no centro da cadeia produtiva do açaí: o excesso de intermediários faz com que o grande empresário que exporta o produto para diversos pontos do país e do exterior obtenha lucros desproporcionais, se comparados ao rendimento do agricultor familiar. A comercialização do açaí é distribuída no Pará da seguinte maneira: do total da produção, 20% é consumida na área rural, 40% na área metropolitana de Belém e 30% exportados para o mercado nacional, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo. 10% são exportados para outros Países. Não existem números exatos de exportação, mas a produção de polpa de açaí tipo exportação no Pará subiu de 380 toneladas cúbicas em 2000 para 9.400 toneladas no ano 2009, conforme dados do Sagri/PA. Em 20 anos de pesquisas, segundo o Dieese-Pará (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos), o preço do açaí nunca esteve tão elevado como agora. Nos primeiros cinco meses de 2010 o reajuste acumulado chegou à cerca de 80% com a alta de preço recorde ocorrida no mês de maio/2010 de R$ 3,76/Kg, pago ao extrativista. Esse aumento excessivo deve-se ao aumento do preço do açaí que é em parte, sazonal, mas também devido à maior demanda dos mercados interno e externo”.

Açaí na PGPM Bio

Em 2009, o governo federal incluiu o extrativismo do açaí na Política de Garantia de Preços Mínimos da sociobiodiversidade fixando o preço em R$ 0,69 kg. Portanto, quando o mercado estiver pagando preço abaixo dos R$ 0,69 kg ao extrativista, a Conab está autorizada a pagar a diferença à título de subvenção desde que apresente a Declaração de Aptidão ao Pronaf e o documento fiscal que comprove a venda.

* Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, administrador, servidor público federal, especialista na gestão da informação do agronegócio e escreve sempre neste endereço. thomaz.meirelles@hotmail.com



CUTUCAR ONÇA COM VARA CURTA

                                                                                                                 *Osny Araújo

Ouvi no início da semana uma entrevista do vereador Paulo De Carli (PRTB), no jornal Em Cima da Notícia, da Radio Amazonas FM, apresentado pelos amigos Patrik Mota e Odinéia Araújo e ficou claro que o político está se preparando para cutucar onça com vara curta, ou seja, vai transformar a Câmara Municipal de Manaus num verdadeiro vespeiro. É só uma questão de tempo.
O fato, é que Paulo De Carli, considerando que o Regimento da Câmara é muito antigo e precisa de renovação, até pelo número de vereadores, que precisam de mais tempo para os seus discursos etc. e tal, quer alterar o horário de funcionamento do plenário, ou seja, quer aumentar o trabalho dos vereadores, sem alterar o trabalho nas Comissões Técnicas da Casa.
Caso a idéia seja aprovada, os nossos nobres vereadores passarão a trabalhar um dia a mais no plenário e com duas horas a mais diariamente e certamente, nem todos os nossos abnegados representantes do povo concordarão com De Carli, que vai arrumar muita sarna para coçar.

O pensamento é salutar, a idéia é boa e já começa a ganhar o apoio da sociedade e o princípio é ético, resta saber, se os demais vereadores pensam da mesma maneira, o que eu duvido.
Uma coisa é certa. A proposta de Carli vai gerar uma baita discussão na CMM, como deve ser um Legislativo dentro de um regime democrático como o nosso. Mas, não é apenas com o horário de trabalho em plenário que o vereador quer mexer.
Ele proporá também que o aumento salarial dos nobres vereadores, ao contrário do que ocorre no momento, quando eles mesmos aumentam os seus salários, siga o mesmo trâmite e em percentual igual ao do salário mínimo, ou seja, passe a ser igual ao percentual oferecido pelo Governo aos demais trabalhadores brasileiros. A idéia além de justa, é das mais simpáticas.
Pelo regime atual, hoje os vereadores só atuam no Plenário de segunda a quarta feira, ou seja, três dias por semana, três horas por dia, bem diferente dos tradicionais trabalhadores que por sei são obrigados a suarem as camisas quarenta horas semanais.
Não resta a menor dúvida de que o vereador De Carli vai comprar uma grande briga com os seus pares, mas, por outro lado, vai ser olhado com mais respeito pela população, especialmente os seus eleitores e com isso, vai alicerçando o caminho de uma reeleição ou quem sabe, vôos mais altos na política.

No momento em que a classe política brasileira está em queda livre perante a sociedade brasileira, caso a Câmara Municipal de Manaus aprove as mudanças, até por pressões populares, o fato poderá reabrir a possibilidade de a sociedade voltar a acreditar um pouco mais nos nossos políticos e além saindo na frente nesse processo moralizador, e possa servir de exemplo para o Brasil, fomentando discussões e mudanças em outras Câmaras Municipais, Assembléias Legislativas e no próprio Congresso Nacional. Coisas que só acontecem na democracia.

Será interessante, que para a discussão dessas importantes questões, a Câmara Municipal de Manaus chame a sociedade civil organizada pelos seus vários seguimentos para uma ampla discussão da matéria, até pela sua grande importância, como para que possa receber contribuições pára o seu melhoramento. Isso é o que se espera de uma democracia plena, especialmente em se tratando de um Poder cujos membros são eleitos pelo povo, lembrando sempre que “O Poder emana do povo e em seu nome será exercido”. Que assim seja.
Está na hora, dos nossos políticos criarem coragem e atuarem com mais seriedade no Parlamento, com propostas que realmente interessem à sociedade, deixando de lado o fisiologismo e as questões que digam respeito ao povo possam ser trabalhadas com mais vontade, seriedade e dedicação, como está ensaiando fazer o vereador Paulo De Carli, mesmo sabendo que vai comprar uma grande briga com vários de seus pares e para vencer a batalha, precisará ter um poder muito grande de convencimento, isto porque, a idéia do vereador é alterar a carga horária de trabalho e mexer na parte mais sensível do corpo humano – o bolso.(Com publicação simultânea nos Sites noticianahora,tadeudesouza, amazonianarede e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br