DE LUIZ Á CASTRIANI
Osny Araújo*
De Luiz à Castriani. Isso Mesmo. Hoje, domingo, a comunidade católica amazonense amanheceu sob um novo comando, uma nova liderança, que chegou com a aposentadoria de Dom Luiz Soares Vieira, agora arcebispo emérito de Manaus, um paulista de nascimento e amazonense de coração e por opção.
Foram vinte e um ano de apostolado, de convivência fraternal com este povo, de companheirismos, de muita responsabilidade com os ensinamentos do Evangelho e um olhar social dedicado especialmente a juventude e aos mais carentes.
O fato, é que a partir de agora, quem comando o cajado da Arquidiocese de Manaus é o ex-bispo da diocese amazonense de Coari, Dom Sérgio Eduardo Castriani é quem vai dar as cartas no comando do mundo católico amazonense, dando continuando ao fazendo algumas alterações nas diretrizes que foram implantadas e seguidas pelo seu antecessor, até porque, cada um tem uma maneira de fazer as cosias, talvez por isso, algumas mudanças ocorram.
Culto, humilde e sábio, Dom Luiz no comando da Igreja católica amazonense sempre se portou com retidão, altruísmo, sobriedade, transparência e espalhou fraternidade. Respeitou todas as classes sociais, políticas e religiosas e dedicou um olhar para a juventude e as camadas mais carentes da sociedade nos trabalhos de evangelização, na tentativa de aproximar mais o ser humano das coisas divinas.
Ao contrário de muitos líderes religiosos, alguns fanáticos que exercem a política partidária abertamente, Dom Luiz, fala sim e se preocupa com a política partidária, logo, nunca foi um ausente nessa questão, mas fazia isso de uma forma subliminar, sem atacar partidos políticos, sem apontar nomes de candidatos e sim, falando da importância da participação da sociedade no processo e de procurar votar bem, em candidatos probos e compromissados coma sociedade.
Defensor intransigente d do ético e da liberdade, o religioso sempre defensor da independência dos Poderes, cada um fazendo a sua parte, respeitando a ética e agindo com transparência, buscando sempre o melhor para a sociedade, considerando a máxima cristã de que todos somos filhos de Deus, que é Único.
Ao contrário de alguns padres que já vi e ouvi fazerem discursos políticos na hora dos sermões durante missas, sempre defendendo os partidos e candidatos de esquerda, a mesma coisa não posso dizer de Dom Luiz, que sempre se portou com dignidade nas épocas de eleições, mesmo sendo líder do grande rebanho católico amazonense.
Em tempo de campanhas políticas, assisti a várias celebrações do sacerdote e nas suas homilias e sermões, falava sim de política, mas sem dar nenhuma conotação especial a este ou aquele partido ou candidato. Procurava situava o valor da participação da sociedade no processo político-eleitoral e consequentemente mostrava aos fies a importância do voto, mais que isso, do votar bem, levando em consideração que o voto não tem preço e sim consequência, como dizia aquela propaganda institucional do Superior Tribunal Eleitoral.
Dom Castriani, que chega ao arcebispado e a Manaus vindo de uma cidade interiorana do Amazonas, disse que o seu primeiro desafio será voltar a se acostumar a viver numa metrópole e deu sinais de que as ações evangelizadoras de seu antecessor, serão mantidas e não descartou algumas modificações na administração da Arquidiocese, o que é natural, pois assim como Dom Luiz deixou a sua marca, ele também certamente deseja deixar a sua na passagem pela Arquidiocese de Manaus, a mais importante capital brasileira da Amazônia Ocidental.
Ao final deste comentário, quero expressar a Dom Luiz, votos de uma feliz aposentadoria ao novo gestor da Arquidiocese de Manaus, a esperança de que que mantenha o mundo católico amazonense sempre nessa caminhada junto com Cristo. Quem assim seja.
(Postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br – amazonianarede@gmail.com
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