Projeto estuda a utilização da
fibra do açaí no setor moveleiro
Amazonianarede-Ciência
em Pauta
Manaus - O açaí, fruto
muito conhecido e apreciado na Região Norte do País, pode ser utilizado não
somente como alimento, mas também para outros fins comerciais, como no
artesanato e na construção civil e de móveis. Nessa perspectiva, a professora
Magnólia Grangeiro Quirino, do departamento de Design e Expresssão Gráfica e
coordenadora do Núcleo Inove Design da Universidade Federal do Amazonas (Ufam),
criou um projeto intitulado 'Desenvolvimento de mesa de jantar produzida com
painéis feitos de resina natural e de fibra da semente do açaí'.
O projeto conta com o apoio financeiro da Pró-Reitoria de Extensão e
Interiorização (Proexti) e objetiva criar uma mesa de jantar baseada no uso
sustentável e no aproveitamento da fibra do açaí.
“A fibra da semente do açaí pode se tornar um material alternativo para o setor moveleiro, pois a fibra possui uma caracterização térmica semelhante à da fibra de sisal, que já é industrializada. Além disso, para a confecção da mesa não será necessário derrubar o açaizeiro, pois aproveitaremos o resíduo pós-alimento, isto é, após a comercialização da polpa do açaí, sobra-se o caroço, o qual não tem nenhum manejo adequado”, explicou a coordenadora.
Segundo a professora, o caroço de açaí depois de polido é utilizado na maioria das vezes para o artesenato, mas a fibra (pelo), conforme observações realizadas na pesquisa não tem fins comerciais. A partir disso, buscou-se desenvolver técnicas manuais para retirar o pelo e utilizá-lo, aproveitando, assim, ao máximo os resíduos do açaí.
A empresa Waku Sesse que, possui vários quiosques de venda do suco de açaí nos shoppings de Manaus, cedeu sacas das sementes para a realização da pesquisa. A partir dos recursos naturais doados, iniciou-se o processo de extração manual da fibra. Para isso, lavou-se o caroço, esperou secar, colocando-o numa estufa e peneirou-se bastante até extrair somente as fibras. Após esse processo, a próxima etapa será formar os painéis feitos de resina natural e de fibra da semente do açaí para a confecção da mesa.
O projeto encontra-se em execução, conta com o auxílio de quatro estudantes do curso de Design e tem o seu término previsto para o final desse semestre.
Origem da Pesquisa
A pesquisa foi iniciada em 2009, em nível de mestrado no Programa de Pós-Graduação de Engenharia Civil (PPGEC), da Ufam, no ano de 2010 foi finalizada com o desenvolvimento e validação de dois produtos: tijolo e painel feitos a partir da fibra do açaí. Houve a participação de uma equipe interdisciplinar de designers, engenheiros e técnicos e a colaboração das seguintes intituições: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Universidade Federal de São Paulo (USP) de Pirassununga, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) e Universidade Federal de São Paulo (USP) de São Carlos, Laboratório de Madeiras e Estruturas de Madeira (LaMEM).
Na Ufam, foram realizadas as disciplinas teóricas do mestrado, feito o preparo para a extração da fibra na semente, em seguida foram feitos os tijolos e os ensaios de absorção e tração perpendicular. No Inpa foi feito a caracterização química da fibra da semente do açaí. Enquanto que na Coppe foi realizado o ensaio térmico (Termogravimetria) e o ensaio de tração perpendicular ambos com a fibra. No FZEA, foi obtida a densidade real da fibra e por fim na USP foram feitos os painéis e realizados os ensaios de densidade, inchamento, absorção de água, tração perpendicular, adesão interna e arracamento de parafuso.
“A pesquisa estudou a viabilidade da fibra da semente do açaí na produção de painel com resina, fundamentando-se em estudos a respeito do comportamento térmico e a caracterização morfológica das fibras, que recobrem o caroço denominado de mesocarpo do açaí, assim como análise química, análise física e ensaios mecânicos”, complementou a professora.
Na Ufam, foram realizadas as disciplinas teóricas do mestrado, feito o preparo para a extração da fibra na semente, em seguida foram feitos os tijolos e os ensaios de absorção e tração perpendicular. No Inpa, foi feita a caracterização química da fibra da semente do açaí. Enquanto que na COPPE foi realizado o ensaio térmico (Termogravimetria) e o ensaio de tração perpendicular ambos com a fibra. No FZEA foi obtida a densidade real da fibra e, por fim, na USP foram feitos os painéis e realizados os ensaios de densidade, inchamento, absorção de água, tração perpendicular, adesão interna e arracamento de parafuso.
“A pesquisa estudou a viabilidade da fibra da semente do açaí na produção de painel com resina, fundamentando-se em estudos a respeito do comportamento térmico e a caracterização morfológica das fibras, que recobrem o caroço denominado de mesocarpo do açaí, assim como análise química, análise física e ensaios mecânicos”, complementou a professora.
“A fibra da semente do açaí pode se tornar um material alternativo para o setor moveleiro, pois a fibra possui uma caracterização térmica semelhante à da fibra de sisal, que já é industrializada. Além disso, para a confecção da mesa não será necessário derrubar o açaizeiro, pois aproveitaremos o resíduo pós-alimento, isto é, após a comercialização da polpa do açaí, sobra-se o caroço, o qual não tem nenhum manejo adequado”, explicou a coordenadora.
Segundo a professora, o caroço de açaí depois de polido é utilizado na maioria das vezes para o artesenato, mas a fibra (pelo), conforme observações realizadas na pesquisa não tem fins comerciais. A partir disso, buscou-se desenvolver técnicas manuais para retirar o pelo e utilizá-lo, aproveitando, assim, ao máximo os resíduos do açaí.
A empresa Waku Sesse que, possui vários quiosques de venda do suco de açaí nos shoppings de Manaus, cedeu sacas das sementes para a realização da pesquisa. A partir dos recursos naturais doados, iniciou-se o processo de extração manual da fibra. Para isso, lavou-se o caroço, esperou secar, colocando-o numa estufa e peneirou-se bastante até extrair somente as fibras. Após esse processo, a próxima etapa será formar os painéis feitos de resina natural e de fibra da semente do açaí para a confecção da mesa.
O projeto encontra-se em execução, conta com o auxílio de quatro estudantes do curso de Design e tem o seu término previsto para o final desse semestre.
Origem da Pesquisa
A pesquisa foi iniciada em 2009, em nível de mestrado no Programa de Pós-Graduação de Engenharia Civil (PPGEC), da Ufam, no ano de 2010 foi finalizada com o desenvolvimento e validação de dois produtos: tijolo e painel feitos a partir da fibra do açaí. Houve a participação de uma equipe interdisciplinar de designers, engenheiros e técnicos e a colaboração das seguintes intituições: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Universidade Federal de São Paulo (USP) de Pirassununga, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) e Universidade Federal de São Paulo (USP) de São Carlos, Laboratório de Madeiras e Estruturas de Madeira (LaMEM).
Na Ufam, foram realizadas as disciplinas teóricas do mestrado, feito o preparo para a extração da fibra na semente, em seguida foram feitos os tijolos e os ensaios de absorção e tração perpendicular. No Inpa foi feito a caracterização química da fibra da semente do açaí. Enquanto que na Coppe foi realizado o ensaio térmico (Termogravimetria) e o ensaio de tração perpendicular ambos com a fibra. No FZEA, foi obtida a densidade real da fibra e por fim na USP foram feitos os painéis e realizados os ensaios de densidade, inchamento, absorção de água, tração perpendicular, adesão interna e arracamento de parafuso.
“A pesquisa estudou a viabilidade da fibra da semente do açaí na produção de painel com resina, fundamentando-se em estudos a respeito do comportamento térmico e a caracterização morfológica das fibras, que recobrem o caroço denominado de mesocarpo do açaí, assim como análise química, análise física e ensaios mecânicos”, complementou a professora.
Na Ufam, foram realizadas as disciplinas teóricas do mestrado, feito o preparo para a extração da fibra na semente, em seguida foram feitos os tijolos e os ensaios de absorção e tração perpendicular. No Inpa, foi feita a caracterização química da fibra da semente do açaí. Enquanto que na COPPE foi realizado o ensaio térmico (Termogravimetria) e o ensaio de tração perpendicular ambos com a fibra. No FZEA foi obtida a densidade real da fibra e, por fim, na USP foram feitos os painéis e realizados os ensaios de densidade, inchamento, absorção de água, tração perpendicular, adesão interna e arracamento de parafuso.
“A pesquisa estudou a viabilidade da fibra da semente do açaí na produção de painel com resina, fundamentando-se em estudos a respeito do comportamento térmico e a caracterização morfológica das fibras, que recobrem o caroço denominado de mesocarpo do açaí, assim como análise química, análise física e ensaios mecânicos”, complementou a professora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário