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domingo, 15 de janeiro de 2012


O SUCATEAMENTO VAI CONTINUAR

                                                                           Osny Araújo*

Há muito tempo que os servidores do Poder Executivo do Governo Federal vêm sofrendo o que diabo passou, largados à própria sorte pelo Governo, com baixos salários, reajustes irrisórios, quando tem e salários diferenciados entre os vários ministérios por falta de isonomia, palavra proibida no Planalto e por aí vai.

Na esfera dos Três Poderes, o bom mesmo é ser servidor do Legislativo e do Judiciário, onde os salários são polpudos e as mordomias de fazer inveja. Os do Executivo, subordinados diretamente a Presidência da República, coitados, continuam vivendo a condição de primos pobres da República.

O certo, é que o sucateamento nas repartições do Executivo Federal, está cada vez mais evidente e tende a se agravar agora no Governo Dilma, que com a desculpa de prepara o País para enfrentar a crise econômica da Europa, a zona do Euros, anuncia medidas de arrocho e mais uma vez, quem pagará o pato serão os servidores do Executivo que continuarão sem aumento salarial e maiores estímulos par desenvolverem seus trabalhos com maior desenvoltura e felizes.

Agora, devido à crise, o Planalto afirma que o Brasil precisa se prepara para encarar essa situação e ter condições plenas de enfrentar o contingenciamento de R$ bilhões no orçamento deste ano, anuncia alguns medidas de impacto, como por exemplo, encolher a liberação de recursos para as emendas parlamentares e d a realização de concursos públicos, anunciados em grande número ainda no decorrer do ano passado para agora, mas isso parece que não ocorrerá e tudo por causa do corte no orçamento. Esses fatos, com certeza desagradarão políticos, concurseiros e a juventude estudiosa brasileira que apesar dos pesares, sonha com um cargo no serviço público federal, dentro do Executivo.

Esta na cara de qualquer um que percorra as repartições federais do Executivo, que o seu quadro funcional pequeno, velho e grande parte olhando de perto a aposentadoria e ainda assim o Governo anuncia cortes em concursos públicos, por isso, em muitas repartições do sistema se encontram mais estagiário e terceirizado do que servidores do quadro. Um absurdo.

Aliás, pelos baixos salários que o Governo paga aos seus servidores e pela falta de outros estímulos para uma carreira brilhante no processo, o Executivo hoje não parece mais despertar tanta atenção para quem almeja ingressar no serviço público, na esperança de fazer uma grande carreira, mas logo, logo ele se depara com outra realidade e na primeira oportunidade que surge, troca o emprego conquistado em concurso público para uma repartição do Executivo Federal e parte para a iniciativa privada, onde os salários para pessoas qualificadas são infinitamente melhores.

Com essa triste realidade e o sucateamento do sistema, o sucateamento no setor parece mais evidente do que nunca com as medidas anunciadas e tudo leva a crer que a situação será muito agravada, caso persista a decisão anunciada pelo Governo de diminuir os concursos públicos para este ano. O melhor que temos a fazer agora e esperar para ver como essa coisa ficará.

O que o governo sabe, mas faz questão de não colocar em prática, é que existem outros caminhos para ele chegar a onde quer, sem sucatear ainda mais o serviço público. Para isso, basta que os seus ministros diminuam in-uteis viagens com régias diárias para solenidades de pequenas e insignificantes inaugurações, cortar mordomias exageradas e governar com transparência, inclusive colocando um freio na corrupção que é um câncer na administração pública brasileira e ao que parece, pelo menos até agora, não tem médio e não simplesmente arrochar os pobres servidores públicos, com pequenos salários e reajustes irrisórios.

O Governo precisa entender também, que esses servidores, são na verdade os grandes responsáveis pelo funcionamento de toda essa a complexa engrenagem que é a maquina administrativa federal do Executivo e por isso, precisam de respeito, estímulos para seguir na carreira de forma justa e honesta e sobre tudo de salários dignos, o que infelizmente não ocorre.

Esse á apenas um dos muitos caminhos que com certeza existem para enfrentar o pr0blema. A pergunta é. Será que o Governo topa essa caminhada? Muitos acham que não, considerando que é mais fácil atacar os mais fracos e deixar livres os fortes e no caso, os fracos, são os pobres servidores e com isso, conseguir caixa suficiente para promover programas politiqueiros e demagógicos, como os que existem por aí e a proliferação das famigeradas bolsas, ao invés da geração de emprego e renda para dar mais dignidade à classe mais pobre do país. Mas esse parece que não é o caso, por isso, devemos ainda por algum tempo, assistir passivamente o sucateamento do serviço público federal em nível de Executivo, porque o Legislativo e o Judiciário, estes sim, vão muito bem, obrigado. (Com postagem simultânea nos sites:Ç Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)

*Osny Araújo é jornalista e analista político.

E-mail: osnyaraujo@bol.com.br


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