MUDANÇAS E NÃO REFORMA
Osny Araújo*
A presidente Dilma Rousseff vem lidando muito bem com os aliados do Governo e vai controlando com naturalidade a situação, mesmo a despeito de algumas pressões por parte deles para que ela promova a tão falada reforma ministerial.
Dilma parece mesmo gostar dessa palavra e prefere dizer que vai fazer mudanças pontuais no ministério, mas se recusa em falar em reforma ministerial, pelo menos por enquanto, fato que têm agradado alguns e outros não, do grupo de apoio ao seu Governo.
É bom lembrar, que aproximadamente sete ministros, motivados por sérias denúncias, pegaram as contas e todos, eram “afilhados políticos” do ex-presidente Lula e com isso, a presidente começa a moldar um ministério com a sua cara, misturando políticos e técnicos no time do primeiro escalão do Palácio do Planalto.
As mudanças que estão ocorrendo agora são puramente por questões do calendário político e assim, todos os ministros e diretores de autarquias que irão disputar as próximas eleições, estão deixando os cargos, em cumprimento ao que determina a lei eleitoral, por força da chamada desincompatibilização.
Esta na cara, que a presidente aproveita a oportunidade para dar um recado claro e direto aos aliados e demonstrar que as rédeas do Governo não mãos, além de mostrar maturidade e pulso firme, especialmente quando se trata de conversas com políticos companheiros e aliados e com isso, deixa muito claro que quem nada e ela e não os políticos aliados, que, diga-se de passagem, não andam muito satisfeitos com o Governo em função dos cortes já anunciados no orçamento para as chamadas emendas parlamentares. Mas essa é outra história a ser contada futuramente.
Com a saída dos ministros envolvidos em escândalos e agora com algumas mudanças na equipe por forças das eleições, a presidente dá a entender que está dona da situação e que as ações do Governo no que diz respeito aos ministros, deverão navegar em mares tranqüilos, sem nenhum risco de acidentes e com isso, garantir de forma tranqüila a governabilidade e as ações do Governo, este ano, mais do que nunca voltadas para os menos favorecidos e erradicar, ou melhor, tentar erradicar a pobreza no país.
Com os novos membros na equipe, sem muitos palpites e com uma escolha praticamente pessoal da presidente, certamente os ministérios trabalharão mais afinados e isso facilitará em muito o seu trabalho de dirigir os destinos da nação, num momento naturalmente complicado, por se tratar de um ano eleitoral.
É certo também, que no atual grupo de ministros, ainda existe um ou outro com denúncias, mas o fato parece que está sendo bem administrado e não deverá gerar maiores problemas para o Governo, considerando que a maioria da equipe trabalha afinada, procurando cumprir com as determinações oriundas do Planalto, para que todo o processo alcance o sucesso desejado pela presidente e por todos os brasileiros.
O que queremos e sonhamos é com a construção de um país mais solidário, com menos miseráveis, com maior e melhor distribuição de renda, com a geração de mais empregos, com mais segurança, com a educação de melhor qualidade, com respeito ao meio ambiente, sem atravancar o desenvolvimento. Que assim seja. (Com publicação simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
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