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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O CRIADOR E A CRIATURA

                                                                                    *Osny Araújo

Em tempo recorde, pouco menos de quatro meses de Governo, a mineira de nascimento e gaucha por opção Dilma Roussef, misturando pão de queijo com churrasco e com um estilo bem diferente do seu criador político e antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, dono de um carisma espetacular, e jogo de cintura político extraordinário, vai conseguindo feitos que os observadores políticos não vislumbrassem em tão curto espaço de tempo.

Logo nos três primeiros meses, a presidente Dilma, a primeira mulher a governar o Brasil, o maior país em todos os sentidos da América Latina, bateu numa pesquisa os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique, deixando claro que uma nova marca administrativa estava sendo implantada no País, embora filosoficamente não fuja as diretrizes básicas do PT plantadas por Lula.

As mudanças são simples. O que muda na verdade com o novo governo do PT sob o comando de Dilma. É o PT no Governo como uma nova dinâmica, discurso mais duro, menos jogo de cintura e maneiras diferentes de dizem sim ou não. É a nova maneira política de agir e de aplicar as ações de Governo, com uma linha mais dura e um discurso menos popular, ainda assim, a presidente vai conquistando simpatia.

Na semana passada, em quatro meses a presidente deu outra volta no seu criador e foi escolhida pela revista “Time” como uma das cem personalidades mais influentes do mundo. Isso é bom para o Brasil e muito melhor para a presidente que se vê valorizada e prestigiada, também a nível internacional, fato que deverá abrir as portas do mundo para grandes feitos brasileiros.

Nessa cobiçada e influente lista, estão incluídos artistas, políticos, cientistas, ativistas e empresários entre outros e através da nossa presidente, estamos lá. Michele Obama, Nicolas Sarkozy, Hillary Clinton, Barak Obama, Lionel Messi, Tom Ford, príncipe Willian e tantas outras celebridades, com a revista publicando o perfil de cada, para provar a seriedade e lisura da eleição.

O perfil da influente presidente brasileira foi traçado pela não menos influente Michele Bachelet, ex-presidente do Chile, que classifica Dilma como uma lutadora e mulher de muita coragem que se levantou contra o regime militar, trabalhando ao longo de sua via para construção de alternativas democráticas, buscando sempre o desenvolvimento social, a igualdade e especialmente os direitos das mulheres.

Nessa lista, o presidente Lula também esteve lá, só que ele apareceu no último ano do seu segundo Governo, ao contrário da sua “afilhada” que assume o espaço em menos 120 dias de Governo. É, por conseguinte uma proeza e tanto e que sem ferir suscetibilidades, ultrapassa em muito a façanha do ex-presidente. O fato demonstra que a pupila aprendeu bem e depressa a lição.

Citada por sua abnegação em combater a miséria e por sua convicção ideológica, a eleição da presidente brasileira pela Revista “Time” como uma das cem personalidades mais influentes do planeta, em tão pouco tempo de Governo, é salutar para o Brasil e para os brasileiros. Se a presidente aparece, o Brasil aparece e isso soma pontos no concerto internacional.

A posição conquistada em tempo recorde pela presidente Dilma Roussef, deve ser orgulho par todos os brasileiros, quer sejam ou não petistas, de esquerda, de centro, direita ou simplesmente eleitores dela ou não. O que vale, é a sua condição de brasileira e é exatamente desse fato que devemos nos orgulhar. O feito deixa o Brasil na mídia internacional e demonstra o valor, a inteligência e a capacidade do povo brasileiro.

Por isso, pela importância que fato se reveste essa inclusão na famosa lista, vamos pensar assim: Primeiro o Brasil, depois o Brasil e por fim outras questões como ideológicas e partidárias. (Com postagem simultânea nos sites: noticianahora, amazonianarede, tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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