Política
é coisa complicada
Osny Araújo*
Entender política neste país não
é coisa das mais fáceis para qualquer mortal. É algo muito complicado e não dá
para entender comportamentos que não tem a menor lógica, a não ser nas cabeças
dos políticos. Na verdade, em política parece mesmo que tudo é possível, até
mesmo as coisas mais estranhas, como se poderá observar nas entrelinhas deste
modesto comentário.
Começamos lembrando que o
Partido da República (PR) presidido pelo senador Alfredo Nascimento (AM), foi
excluído da turma aliada da presidente Dilma Rousseff em 2011, por força de uma
“faxina ética”, considerando que o então ministro dos Transportes Alfredo
Nascimento estava envolvido em uma série de denuncias e aí, o governo resolveu
retirar o Partido da sua bancada. Até aí, tudo bem.
Como se por milagre, nesse
curto período o PR se purificou e voltou a ser chamado pelo Governo para integrar
o bloco governista e recupera o Ministério dos Transportes através
de Cesar Borges e com isso, Governo e PR vivem uma nova lua de mel. Se vai durar
ninguém pode afirmar nada.
O Fato é que o novo ministro já
assumiu com um discurso que certamente não deve ter agrado em nada a presidente Dilma
Rousseff, porque nas entrelinhas comprometeu a seriedade do seu Governo, mas, como foi à primeira manifestação do novo
auxiliar, fez ouvido de mercador e não se pronunciou a respeito.
A verdade, é que no discurso de
Cesar Maia, algumas declarações caíram muito mal para o Governo como aquela em
que ele afirma categoricamente que a partir de agora as licitações do
Ministério dos Transportes, ou seja, do Governo nesse setor, serão feitas com
seriedade.
Fico me perguntando. O que será
que o ministro Cesar Borges quis dizer com isso e a resposta é simples.
Simplesmente ele disse que os seus antecessores no Governo Dilma não
trabalhavam com seriedade e que as licitações para obras no campo do Ministério
dos transportes, que não são poucas, não eram feitas com a seriedade que deveria e esse
processo, só passará a ter lisura a partir de agora na sua passagem pelo
Ministério.
O fato, é que as declarações de
Borges, desaconselháveis para um discurso de quem assume um importante cargo no
Governo, não pegou bem e ninguém foi poupado, nem mesmo os seus
correligionários que atuam no Ministério e muito menos o presidente do Partido.
Alfredo Nascimento, que foi titular do
órgão no Governo Lula e mais tarde prosseguiu no posto na era Dilma.
Como se pode observar, caros
leitores, não é fácil ser, fazer e entender política partidária neste país,
onde absurdos acontecem diariamente, mas sempre existe um meio estranho de
consertar as coias, mesmo quando um ministro assume uma importante pasta anunciando
que as licitações anteriores não eram feitas com seriedade.
Não tenho dúvida de que as
declarações de Borges atingiram por tabela a presidente Dilma, considerando que
o Ministério dos Transportes faz parte do seu Governo e é sem nenhuma dúvida um
dos mais importantes ministérios do país e com um orçamento impressionante, por
isso, as declarações são consideradas desaproporcionais pelos críticos, que
pensavam que antes de Borges as cosias também eram feitas com seriedade, a não
ser com erros pontuais, o que ocorre com qualquer gestor e ser humano, mas o
fato é que a coisa foi generalizada quando afirmou que “a partir de agora as
licitações serão sérias”.
O que será que ele quis dizer com isso.
Responda se puder... ou então diga simplesmente que fatos como esse acontecem
naturalmente na vida política brasileira e tudo logo é vista com normalidade.
(postagem simultânea nos sites:
Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).
*Osny Araújo é jornalista e
analista político.
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