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segunda-feira, 8 de abril de 2013


Política é coisa complicada

                                                                                                      Osny Araújo*

Entender política neste país não é coisa das mais fáceis para qualquer mortal. É algo muito complicado e não dá para entender comportamentos que não tem a menor lógica, a não ser nas cabeças dos políticos. Na verdade, em política parece mesmo que tudo é possível, até mesmo as coisas mais estranhas, como se poderá observar nas entrelinhas deste modesto comentário.
Começamos lembrando que o Partido da República (PR) presidido pelo senador Alfredo Nascimento (AM), foi excluído da turma aliada da presidente Dilma Rousseff em 2011, por força de uma “faxina ética”, considerando que o então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento estava envolvido em uma série de denuncias e aí, o governo resolveu retirar o Partido da sua bancada. Até aí, tudo bem.
Como se por milagre, nesse curto período o PR se purificou e voltou a ser chamado pelo Governo para integrar o bloco governista  e  recupera o Ministério dos Transportes através de Cesar Borges e com isso, Governo e PR vivem uma nova lua de mel. Se vai durar ninguém pode afirmar nada.
O Fato é que o novo ministro já assumiu com um discurso que certamente não deve  ter agrado em nada a presidente Dilma Rousseff, porque nas entrelinhas comprometeu a seriedade do seu Governo, mas,  como foi à primeira manifestação do novo auxiliar, fez ouvido de mercador e não se pronunciou a respeito.
A verdade, é que no discurso de Cesar Maia, algumas declarações caíram muito mal para o Governo como aquela em que ele afirma categoricamente que a partir de agora as licitações do Ministério dos Transportes, ou seja, do Governo nesse setor, serão feitas com seriedade.
Fico me perguntando. O que será que o ministro Cesar Borges quis dizer com isso e a resposta é simples. Simplesmente ele disse que os seus antecessores no Governo Dilma não trabalhavam com seriedade e que as licitações para obras no campo do Ministério dos transportes, que não são poucas,   não eram  feitas com a seriedade que deveria e esse processo, só passará a ter lisura a partir de agora na sua passagem pelo Ministério.
O fato, é que as declarações de Borges, desaconselháveis para um discurso de quem assume um importante cargo no Governo, não pegou bem e ninguém foi poupado, nem mesmo os seus correligionários que atuam no Ministério e muito menos o presidente do Partido. Alfredo Nascimento, que  foi titular do órgão no Governo Lula e mais tarde prosseguiu no posto na era Dilma.
Como se pode observar, caros leitores, não é fácil ser, fazer e entender política partidária neste país, onde absurdos acontecem diariamente, mas sempre existe um meio estranho de consertar as coias, mesmo quando um ministro assume uma importante pasta anunciando que as licitações anteriores não eram feitas com seriedade.
Não tenho dúvida de que as declarações de Borges atingiram por tabela a presidente Dilma, considerando que o Ministério dos Transportes faz parte do seu Governo e é sem nenhuma dúvida um dos mais importantes ministérios do país e com um orçamento impressionante, por isso, as declarações são consideradas desaproporcionais pelos críticos, que pensavam que antes de Borges as cosias também eram feitas com seriedade, a não ser com erros pontuais, o que ocorre com qualquer gestor e ser humano, mas o fato é que a coisa foi generalizada quando afirmou que “a partir de agora as licitações serão sérias”.
O que será que ele quis dizer com isso. Responda se puder... ou então diga simplesmente que fatos como esse acontecem naturalmente na vida política brasileira e tudo logo é vista com normalidade.
(postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
Emails: osnyaraujo@bol.com.br – amazonianarede@gmail.com

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