Especulação imbiliária no Iranduba
depois da abertura da ponte
Manaus - O mercado imobiliário continua acelerado
depois da inauguração da ponte do Rio Negro. A estimativa do Sindicato dos
Corretores de Imóveis no Amazonas (Sindimóveis-AM) é de que nos próximos dois
anos, o metro quadrado de um terreno nos primeiros quilômetros até a entrada do
município de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus) custará até R$ 150. O valor
representa uma expansão de quase 2.000% frente ao comercializado em 2011, antes
de a obra ser inaugurada.
O diretor do sindicato, Joaquim Caetano, que
também é proprietário de vários loteamentos no município, explica que antes da
inauguração da ponte, os terrenos eram vendidos em média a R$ 8 o metro
quadrado. Hoje, o preço médio é R$ 50, um aumento de 525% em apenas um ano. “Até
2014, quem quiser adquirir um lote a partir do quilômetro 4 vai encontrar
terrenos com o metro quadrado médio de R$ 100, podendo em alguns casos chegar a
R$ 150”, projetou.
Segundo ele, Iranduba já conta com pelo menos
três grandes lotes prontos para receber empreendimentos, sendo um deles,
destinado a um condomínio residencial. “Atravessar a ponte e poder chegar em
casa após poucos quilômetros pode compensar muito mais do que o tempo gasto com
o trânsito para se chegar a bairros como Cidade Nova ou Santa Etelvina”,
exemplifica.
Além disso, para o diretor, apesar do aumento no
preço dos lotes, o valor ainda é ‘barato’ em relação a outras localidades. De
acordo com dados do Sinduscon-AM (Sindicato das Indústrias de Construção Civil),
um terreno na Ponta Negra, por exemplo, um dos pontos mais valorizados de
Manaus, pode custar R$ 3,5 mil por metro quadrado de área.
O diretor-presidente da Comissão da Indústria
Imobiliária do Sinduscon-AM, Newton Veras, diz que a proximidade da capital
somada ao lançamento do projeto da Cidade Universitária do Estado do Amazonas
(UEA) em Iranduba, com investimentos de R$ 300 milhões por parte do governo
estadual, são as principais razões para o avanço imobiliário não apenas neste
município, mas também em outros como Manacapuru e Novo Airão.
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