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terça-feira, 6 de março de 2012


CARAMURI GANHA ADEPTOS IMPORTANTES E
PODERÁ SER O NOME DA BOLA DA COPA DE 2014.

Amazônianarede/Osny Araújo

Manaus - Assim como a Copa do Mundo, que só acontece de quatro em quatro anos, a fruta amazônica silvestre Caramuri, só aparece também de quatro em quatro anos e devido a essa coincidência esse fruto amazônico, pouco conhecido dos próprios amazonenses e que corre risco de extinção, poderá dar nome a bola da Copa de 2014, tornar o fruto conhecido e quem sabe, salvar da extinção.
O portal procurou o autor desse importante projeto, o contador amazonense Beto Mafra e fomos encontra-lo no seu local de trabalho, na Associação Amazonense dos Municípios e com orgulho contou detalhadamente como nasceu o projeto que hoje ganha adeptos em todo o planeta, até porque, fala-se muito numa “Copa Ecológica” e nada melhor para sustentar essa afirmação, do que um nome amazônico como o da fruta Caramuri, lembrando que na Copa da África do Sul , a estrela maior do espetáculo, a bola, foi batizada de “Jabulani, divulgando a cultura daquele continente.”
Alias essa história de dar nome à bola da C0pa começou no ano de 1970, oportunidade em que o Brasil ganhou mais um título, no México.
A partir daí, as bolas utilizadas nas partidas das Copas do Mundo de Futebol passaram a ser especialmente confeccionadas para o evento e receber nomes. Telstar foi à primeira. O nome homenageava o primeiro satélite de comunicação. Em 1974 novamente a FIFA utilizou a Telstar na Copa da Alemanha.
De lá para cá a família só cresceu: 1978/Argentina: Tango; 1982/Espanha: Tango España; 1986/México: Azteca; 1990/Itália: Etrusco Unico; 1994/Estados Unidos: Questra; 1998/França: Tricolore; 2002/ Japão e Coreia do Sul: Fevernova, 2006/Alemanha: Teamgeist; e 2010/África do Sul: Jabulani. Na Copa de 2014, no Brasil, a família das bolas ganhará mais uma integrante e seu nome poderá ser o de um fruto amazônico. Se for aprovado, o nome da bola será Caramuri.
O “mundurucanho” (apelido dado a quem  nasce em Maués), contou que o projeto nasceu por acaso, “!mas veio para ficar” – acrescenta.
APENAS POR PRAZER
Mafra afirma que o seu projeto nada tem a ver com questão financeira. “Não elaborei esse projeto e nem estou trabalhando com determinação nele em busca de resultados financeiros. Tudo o que fiz e farei é apenas pelo prazer, agora se no futuro surgir alguma coisa que envolva questões financeiras, claro que aceitarei, mas esse não é o principal objetivo e sim, o de divulgar a Amazônia, esse delicioso fruto e quem sabe evitar a sua extinção, logo o grande objetivo é ecológico” – assegura.
 O gerente administrativo da Associação Amazonense dos Municípios, Beto Mafra, conta que “a ideia de utilizar o nome Caramuri na Copa de 2014 vem desde 2010, quando teve uma safra da fruta na fazenda do meu irmão Barrô Mafra, em Maués, e ele mandou-me uma sacola com aproximadamente cem frutas, que distribuí com amigos em Manaus. Um jornal da cidade fez uma matéria comigo na qual falei sobre o Caramuri e sugeri que fosse utilizada como atração turística. Em janeiro do ano passado tive a ideia de dar nome à bola da Copa, depois de ler uma matéria contando a história de cada bola utilizada nas Copas passadas, então vi que tinha tudo a ver com a história do Caramuri”, contou.
Voltou a lembrar,  que não existe nenhum interesse financeiro por traz de toda essa história. “Não existe nenhum interesse financeiro, mas como estou trabalhando com vários parceiros, pode até ser que surja alguma coisa, mas esse não é o fator principal”.
O importante mesmo, em se tratando de uma Copa do Mundo no Brasil e no Amazonas e quando se fala numa Copa ecológica, nada melhor que darmos a bola um nome amazônico e aí, surgiu à ideia do Caramuru, que como a Copa só tem de quatro em quatro anos.
“O objetivo é divulgar o Amazonas, a sua natureza e quem sabe, salvar esse fruto maravilhoso que é o Caramuri da extinção, mas se ocorrer alguma coisa financeira, depois de tudo isso, certamente que será bem-vindo, mas legal é o prazer que sinto em trabalhar este projeto”- garante.
GRANDE CHANCE
Como tem recebido um grande apoio da mídia nacional e internacional, de personalidades importantes do Governo, o próprio governador Omar Aziz, do prefeito Amazonino Mendes,de, artistas, intelectuais etc, como  o ministro dos Esportes Aldo Rebelo, do nosso campeão da UFC José Aldo, que tem sido também o nosso “garoto-propaganda”, do poeta Thiago de Melo e tantos outros, acredito que o nosso Caramuri tem grande chance de batizar a bola da Copa de 2014.
 “Tem muita gente torcendo por isso e penso que a “gorduchinha” que nasceu idealizado por ideia dos amigos do locutor esportivo Osmar Santos, em São Paulo, não me parece um adversário tão perigoso e poderá ser vencido, sim” – diz com convicção.
 As chances do Caramuri  dar o nome da bola da nossa Copa é grande e  Mafra muito nessa possibilidade, até pelos constantes contatos que mantém  com membros da FIFA e com a matriz da Adidas, na Alemanha, fabricante das bolas das copas desde 1970.
 SEM COMPETIÇÃO
Ao contrário do que muita gente pensa, que tudo acontece em função de um concurso lançado pela FIFA, Mafra esclarece que não existe nada disso e tudo transcorreu de forma absolutamente espontânea.
Acrescentou que não existe nenhuma competição ou concurso para a escolha do nome da bola. “Tive conhecimento que, em São Paulo, estão fazendo campanha para que o nome da bola seja “gorduchinha”, em homenagem ao radialista Osmar Santos. O meu projeto foi um ato isolado, pessoal. Normalmente a nova bola é apresentada um ano antes da Copa, então, a minha expectativa é que saia uma definição em 2013, para que ela seja usada já na Copa das Confederações”.
ORGULHOSO
O caboclo, não ficou “pávulo” com o sucesso do seu projeto, mas deixa transparecer um grande orgulho com o sucesso e garante que em função desse trabalho hoje é um nome que já atravessou fronteiras, através de matérias jornalistas veiculadas no Brasil e no mundo promovendo o Caramuri, o Brasil e o Amazonas e naturalmente, lá está o nome de Beto Mafra, o caboclo lá das barrancas de Maués, a terra do Guaraná.
Conta, que tem dado muitas entrevistas, feito uma série de palestras falando sobre o projeto e o próxima, segundo ele, deverá  ocorrer no plenário do Senado Federal, em Brasília, que aprovou proposição da senadora Vanessa Grazzaiotin.
Além disso, considera importantes os  contatos permanentes com membros da FIFA e da Adidas, na Alemanha, a fabricante das bolas e demonstra muita certeza no sucesso do “projeto caramuri,” um trabalho de cunho social, econômico, cultural e ambiental.
Anunciou que dentro de pouco tempo, o “projeto Caramuri” será mostrado em um folheto em 12 países da Europa e falou da música que poderá virar um CD, caso haja patrocinador, falando do caramuri. “A musica, Caramuri, preservar é preciso” de autoria de Simão Pessoa e Dudu do Banjo.”. A música é muito legal, muito bacana, pode acreditar.
O QUE É
Mafra, fala com certa tristeza que a literatura sobre o belo, saboroso e amarelado  fruto amazônico, com predominância na região do baixo e médio Amazonas, como Itacoatiara, Urucurituba, Maués, Autazes, Parintins e outros municípios, ainda é muito desconhecida pelos próprios habitantes da Amazônia. “Pouco se tem na literatura e pouco se sabe sobre o Caramuri, mas penso que isso é coisa do passado, pois o nome Caramuri começa a fazer parte do vocabulário amazônico” – garante esperançoso.
Explica, que o Caramuri, parente do abiu, outro saboroso fruto amazônico, tem uma particularidade interessante. Só aparece de quatro em quatro anos como a Copa do Mundo e coincidentemente nos anos em que são realizadas as copas. Até parece uma  coisa predestinada”
O nome Caramuri não tem uma definição especifica, mas segundo os ribeirinhos e os índios saterê-mawê, o significado seria “fruta da floresta que alimenta homens e animais”.
Disse ainda o nosso entrevistado, que por ser uma árvore grande, chegando aos 25 metros de altura, tantos os índios como os caboclos, para colher os frutos, derrubam as árvores e com isso, vai desaparecendo aos poucos da mata, tudo por falta de melhor orientação, mas com certeza, a partir de agora essa pratica será alterada e ao invés da derrubada das árvores, os frutos serão colhidos naturalmente.
Mafra disse ainda que dentro de alguns anos, os manauenses poderão ver arvores do Caramuri em plena cidade de Manaus. “Em solenidades, já foram plantadas algumas mudas em pontos estratégicos e turísticos da cidade, inclusive pelo governador  Omar Aziz e a primeira Dama Nejmi Aziz.
Na  Vila Olímpica, o  ministro Aldo Rebelo, plantou uma muda outra na Ponta Negra, pelo nosso campeão José Aldo, tudo com o objetivo de popularizar o fruto e com isso evitar a sua extinção.



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