AMAZONAS VENCE A GUERRA FISCAL
*Osny Araújo
Liderada pelo governador Omar Aziz e a
participação da Suframa, lideranças empresariais e políticas, o Governo do
Amazonas acaba de vencer mais uma batalha na “guerra fiscal” deflagrada pelo
governador paulista Geraldo Alckmin contra a Zona franca de Manaus, com o
objetivo de provocar a transferências de algumas indústrias que atuam na
produção de aparelhos de informática, notadamente os tabletes, para o rico e
poderoso parque industrial do Estado de São Paulo.
A grandeza econômica e o poderia político de São
Paulo, não intimidaram os amazonenses, que liderados pelo governador Omar Aziz,
partiram para o front e na firme decisão do ministro do Supremo Tribunal
Federal, Celso de Mello, veio à decisão em forma de liminar que torna sem efeito
as isenções fiscais que vinham erradamente sendo concedidas pelo Governo do
Estado paulista em prejuízo a Zona Franca de Manaus e por extensão a economia do
Estado e parte da Amazônia brasileira.
O general da vitória neste caso foi sem dúvida
alguma o governador Omar Aziz, mas a vitória, pertence a Manaus, a Zona Franca
de Manaus e ao povo do Amazonas, que tem na Zona Franca, sempre criticada e
combatida pelos paulistas, mesmo com os grandes capitães das indústrias locais
residindo na capital bandeirante, o Amazonas venceu para a alegria dos seus
governantes, empresários e da sociedade que tem na ZFM, o seu maior e mais
vitorioso modelo de desenvolvimento socioeconômico.
O Governo do Amazonas entrou no STF com uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade, em 2011, contrária ao decreto do Governo
paulista de conceder incentivos fiscais do para os tabletes produzidos naquele
Estado o que prejudicava consideravelmente a Zona franca de Manaus e ontem, de
acordo com a decisão do Supremo, assinada pelo ministro Celso de Mello a favor
do Amazonas, fato muito comemorado pelo governador Omar Aziz e pelo prefeito
eleito de Manaus Artur Neto que receberam junto à notícia durante o encontro que
tiveram no Palácio do Governo para alinhavar as ações conjuntas para a cidade de
Manaus a partir de janeiro do próximo ano.
Eufórico com a situação, Omar Aziz disse que
todos os amazonenses estavam de parabéns e classificou o fato como uma grande
vitória política e administrativa para o Estado do Amazonas contra o todo
poderoso São Paulo.
O mais importante, é que a liminar concedida pelo STF,
com a chancela do ministro Celso de Mello, tem força de decisão judicial e
naturalmente, suspenderá todos os incentivos concedidos até o momento pelo
governo paulista para as indústrias de tabletes.
O fato, é que a decisão, embora ainda necessite
ser referendado pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, o que certamente
ocorrerá, em razão de já haver jurisprudência sobre a questão e pode e deve sim,
ser comemorada como uma grande vitória do Amazonas e seu povo.
A verdade é que a ação impetrada pelo Governo do
Estado do Amazonas e referendada pelo ministro Celso de Mello em atendimento ao
parecer do Ministério Público Federal, em fevereiro deste ano, favorável a
argumentação do governo amazonense de que os Estados não podem legislar medidas
de favorecimento do ICMS sem passar pela apreciação do Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz), integrada pelos secretários de Fazendas dos
Estados, a decisão repõe a legalidade da tributação dos tabletes e o fato é
extremamente positivo para o Polo Industrial de Manaus e para a economia
amazonense.
Agora, o que se espera e o governador Omar Aziz e
as nossas demais lideranças estão atentas para o fato, é que já tendo sido
beneficiado algumas vezes através de medidas cautelares nessa “guerra fiscal”
forjada pelo governo do São Paulo, se tenha o julgamento do mérito dessa questão
pelo pleno do STF e se acabe de uma vez por rodas com essa implicância paulista
contra o Amazonas e se tenha uma decisão definitiva sobre a questão, até mesmo
em nome da Justiça e para fazer valer a Constituição.
Nessa confusão toda, vale ressaltar que em toda a
história da Zona Franca de Manaus, criada pelo saudoso Governo militar do
marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, nenhum Estado brasileiro se voltou
tanto contra esse modelo de desenvolvimento como o Estado de São Paulo, mesmo
sendo ele o maior estado industrial do país e consequentemente, com uma forte
economia e força política invejável, mas mesmo assim, insiste em investir contra
o Amazonas e seu povo.
Enquanto a Zona Franca de Manaus recebe apoio de
outros estados, como por exemplo, os nordestinos, região tão sofrida quanto a
Amazônia, os paulistas vivem sempre arrumando alguma coisa para tentar
atrapalhar o nosso desenvolvimento socioeconômico, mas graças a Deus, até agora
eles tem dado com os burros n´agua, pois contamos com a benção de Deus e o
julgamento imparcial da Justiça.
As lideranças políticas e empresariais de São
Paulo precisam entender que o sol nasceu para todos e a Amazônia e o Amazonas,
se por acaso não sabem, também é Brasil e que aqui vivem brasileiros tão
verde-amarelos quanto eles, os paulistas.
Por fim, quero pedir desculpas aos meus leitores
por ter entrado no seara que não domino, a economia, por isso fiz questão de
enxertar o comentário com uma pitadinha de política. (Postagem simultânea nos
sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo
Eclético).
*Osny Araújo é jornalista e analista
político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br – amazonianarede@gmail.com
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br – amazonianarede@gmail.com
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