INCRA DE PORTAS ABERTAS PARA
FORTALECER A
INSTITUTIÇÃO: GREVE GERAL NÃO ESTÁ DESCARTADA
Fonte: Sinsisep/Asscom, Incra,AM
Manaus - Na manhã de hoje (21), servidores federais do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (INCRA) realizaram uma paralisação no órgão. Durante todo o
dia foi realizada uma atividade denominada “INCRA de portas abertas”, cujo
objetivo foi ‘chamar atenção’ da sociedade aos problemas que o órgão enfrenta.
Uma possível greve em todo serviço público não foi descartada para o fim deste
mês.·.
Por volta de 9h servidores
federais realizaram uma panfletagem em frente ao órgão, abordando motoristas e
pedestres que circulavam pela Avenida André Araújo. Em seguida foi realizada
uma audiência pública, que contou com a presença dos deputados estaduais Tony
Medeiros e José Ricardo, além do parlamentar federal Henrique Oliveira.
Uma feira com produtos orgânicos vindo de
assentamentos rurais foi realizada no pátio do órgão, mostrando um pouco do
trabalho dos assentados da reforma agrária, com a participação de assentados do
entorno de Manaus, com destaque para Tarumã Mirim, Iporá, Água Branca e PDS
Nova Esperança, que comercializaram produtos orgânicos, especialmente frutas,
verduras e hortaliças.·.
Entre as principais
reivindicações da categoria está aplicação de maiores recursos nos órgãos,
realização de concurso público e reestruturação para melhor qualidade de
trabalho. Somente no ano passado seis escritórios do órgão foram fechados no
interior do Estado. “O INCRA tem um
papel importante na sociedade, pois atua de forma rígida na questão dos títulos
de terra”. Porém, a entidade está sem estrutura para atuar, e os servidores não
suportam mais essa situação.
Estamos desde o começo do ano
tentando abrir uma discussão com o governo federal, mas só recebemos corte de
orçamento. “Não descartamos uma greve geral a partir do dia 30 de maio”,
afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do
Amazonas (SINDSEP/AM), Menandro Abreu Sodré.
O evento foi promovido pelo
SINDISEP, Assincra e apoio da CUT, com o sensibilizar as autoridades do Governo
e mostrar a importância do INCRA através do trabalho que realiza comandando a
política de reforma agrária no Brasil, que avançou muito nos últimos anos,
embora a estrutura do órgão não venha acompanhando essa evolução em todos os
sentidos.
O SINDISEP lamentou ainda a
pouca participação de políticos com mandatos, levando em consideração que todos
os deputados estaduais foram nominalmente convidados o mesmo ocorrendo com as
bancadas da Câmara dos deputados e do Senado Federal e apesar de ser uma
segunda-feira, quando o parlamentar normalmente tem folga, ainda assim não
apareceram, por isso, o protesto do Sindicato.
BALANÇO
No auditório, para uma plateia com
vários representantes dos movimentos sociais e assentados da reforma agrária, a
superintendente do INCRA no Amazonas, Maria do Socorro marques Feitosa, fez uma
explanação detalhada das ações desenvolvidas pelo INCRA no Amazonas, mostrando
o espetacular salto de quantidade e qualidade na reforma agrária. Hoje com 143
assentamentos no Estado, mais de 50 mil assentados, atuando em 47 municípios.
Feitosa mostrou através de
números os avanços da reforma agrária no Amazonas, falou das dificuldades,
reclamou das poucas condições de trabalho, dos poucos recursos financeiros e
humanos para enfrentar os desafios de promover a reforma agrária na Amazônia e
especialmente no Amazonas.
O
QUE FAZ O INCRA
Para se ter ideia da
complexidade do trabalho do INCRA, conheça agora as principais atividades
desenvolvidas pela instituição a nível nacional.
Emissão de títulos de terra;
Emissão de Declaração de
Aptidão do Produtor ao Programa Nacional da Agricultura Familiar (financiamento
a juros baixos, aquisição de produtos para a merenda escolar etc);
Desapropriação de terras para a
reforma agrária;
Criação de projetos de
Assentamentos para o Programa Nacional de Reforma Agrária;
Licenciamento ambiental dos
assentamentos junto ao IPAAM;
Abertura e manutenção de ramais
e poços artesianos nos assentamentos;
Assistência Técnica nos
assentamentos;
Apoio à agro industrialização, agro
ecologia e atividades não agrícolas, como artesanato, turismo rural e
ecoturismo;
Documentação da mulher trabalhadora rural;
Pagamento de créditos para alimentação,
equipamentos e habitação para os assentados;
Bolsa verde;
Reconhecimento de áreas quilombolas
e Educação no campo da alfabetização ao ensino superior.
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