O PDS NOVA ESPERANÇA VIROU RALIDADE
COM PRODUÇÃO E QUALIDADE DE VIDA
Iranduba, AM - Município com vastas áreas de várzeas e terras férteis, Iranduba, integrante da Região Metropolitana de Manaus, é um dos grandes produtores de horti-fruti-granjeiros e 90 por cento da sua produção é comercializado nos mercados e feiras da capital devido a sua proximidade e agora ainda mais fácil com a abertura da Ponte Rio Negro,
No município o INCRA mantém vários projetos de reforma agrária, mas hoje vamos falar de um pequeno, mas com grande produção e de muita qualidade. Trata-se do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Nova Esperança com apenas 37 famílias assentadas, mas com uma produção diversificada e considerada.
A reportagem resolveu dar uma volta pelo assentamento, conversar com os assentados, observar como vivem, como estão organizados e o que produzem e o m, mesmo ainda tendo final dessa visita, após conversar com vários assentados, foi satisfatório, pela maneira como vivem, mesmo ainda enfrentando algumas dificuldades, mas especialmente pela produção, com a qual ajudam a abastecer Manaus.
Galina caipira, pato, suínos, pimentão, pepino, cheiro-verde, maracujá, tomate, banana, alface, biriba, goiaba, manga, enfim, tudo o que se procurada no PDS Nova Esperança se encontra e tudo isso é creditado ao INCRA que criou o projeto e levou as políticas públicas do Governo Federal até La.
Devido a isso, a assentada Edna Pereira Ramos, “uma mulher tinhosa de trabalhadora” como afirmam os seus amigos, não faz um discurso longo para agradecer a instituição que no Amazonas é dirigida pela superintendente Maria do Socorro Marques Feitosa. Ela diz simplesmente o seguinte. ”O INCRA é o cara e se Deus fez alguma coisa melhor do que este lugar para se trabalhar e viver, ficou pra Ele”.
De acordo com aquela máxima que diz que “quem trabalha Deus ajuda”, visitamos alguns lotes para conversar com os assentados e ver a produção e fomos descobrindo várias coisas interessantes e tudo conquistado com trabalho e determinação de quem recebeu uma auxilio do Governo procura dar a contrapartida trabalhando na terra e dela tirando o sustento da família.
CONFORTO
Muitos já morando nas casas construídas com o financiamento do crédito Habitação, disponibilizado pelo INCRA, os assentados, dizem que são felizes no assentamento.
Tem o Luz Para Todos, televisores para assistir as novelas e o futebol, aparelhos de som para curtir os domingos com boa música, água gelada e mais que isso, cerca de 5 a 6% dos assentados já possui carro próprio (pequenas camionetes ou kombis) para transportar a produção, que conta ainda com os carros coletores da Prefeitura e os do INCRA que ajudam semanalmente a levar produtos para as feiras em Manaus.
O sinal da telefonia móvel chega bem ao assentamento e a maior reclamação que ainda existe por lá é sobre a água, que ainda não atende a todas as necessidades, mas eles sabem que isso é coisa para ser resolvida num futuro próximo e vão dando o jeito deles, considerando que as conquistas vão chegando aos poucos.
“NÃO TENHO QUEIXA”
Marcos Ribeiro dos Santos, 37, casado com d. Patrícia e pai de três filhos, residindo numa casa com financiamento do Crédito Habitação, não reclama da vida e recebe com prazer os servidores do INCRA, sempre convidando para um café e oferecer um copo com água gelada, enquanto os filhos ficam assistindo televisão.
Marcus preferiu não diversificar muito a produção e escolheu para ganhar a vida produzindo apenas alface, embora não costume saboreá-las nas refeições, cebolinha e pepino.
Com uma produção de aproximadamente seis mil maços de alface mensalmente, 2.500 Kg de pepinos e 2.500 maços de cebolinha, garante que tem uma renda mensal superior a R$ mil e isso dá para sustentar a família e manter a camioneta com a qual transporta a produção para Manaus. Ele está a cinco anos no assentamento e garante que não pensa em sair de lá. “Estou bem aqui, porque arriscar?” – indaga.
O REI DO PIMENTÃO
Do lote do Marcus fomos atrás do “rei do pimentão” do PDS Nova Esperança, Ronaldo Barbosa e o encontramos no meio da plantação, verificando se tudo corria bem nas cinco casas de vegetação que possui, pois pratica a plasticultura, onde nos recebeu para mostrar o plantio e aproveitou para colher alguns exemplares e exibiu alguns exemplares com orgulho, dizendo que há poucos dias colheu um pimentão com 240 gramas – “uma beleza” – diz ele entusiasmado.
Ronaldo, proprietário de uma Kombi para auxiliar no escoamento da à produção, planta apenas pimentão e as outras culturas, só mesmo para o alimento da família e presentear algum amigo que o visita. “O meu negócio é com o pimentão” – afirma.
Enquanto a reportagem percorria com ele as casas de vegetação, nos contava que te uma produção de mil a 1200 Kg de pimentão por semana, comercializado no mercado de Manaus a R$ 3,50 o Kg, o que lhe dá uma renda bruta mensal em torno de R$ 12 mil e agradece ao INCRA pela oportunidade que lhe deu com assentando-o no PDS Nova Esperança onde é feliz e onde a sua vida deu uma guinada de 180 graus para melhor, por isso já prepara a construção de mais duas casas de vegetação para aumentar a produção, que segundo ele é o ano inteiro, desde que mantenha os cuidados necessários. Faz questão de dizer que só trabalha com o popular pimentão verde, o Natali.
A superintendente do INCRA Socorro Feitosa, também visitou o lote de Ronaldo Barbosa e saiu de entusiasmada com o que viu, com a certeza de que vale a pena continuar a trabalhar por uma reforma agrária cidadão, consciente e ecologicamente correta, com a certeza de que é possível produzir sem devastar a natureza.
FILHOS ACADÊMICOS
D.Edna Pereira Ramos, que já presidiu a Associação dos Assentados do PDS Nova Esperança, fala orgulhosa do assentamento, do que produz que á uma grande variedade e fala com emoção que foi através da oportunidade que o INCRA lhe deu no assentamento que hoje se prepara para ser mar de dois jovens que estão prestar a colar grau no nível superior. Um em engenharia e outro em direito. “Isso me dá muito orgulho, mas tudo isso deve a Deus, ao INCRA e ao meu trabalho juntamente com a minha família. Aqui é tipo aquela história dos Três Mosqueteiros. “Um por todos e todos por um”.
Com a produção espalhada em duas feiras de Manaus, D. Edna, que dirige a sua própria camioneta Strada, colhe semanalmente 10 mil maracujás, cinco mil maços de cheiro-verde, abobrinha, brócolis, berinjela, chicória, maracujá-do-mato, goiaba, biriba, tomate, acerola, maxixe, pimenta-de-cheiro, porco, galinha, maracujá etc. “Aqui agente tem de tudo um pouco” – diz orgulhosa.
“Trabalhamos muito, mas ninguém aqui pode reclamar da vida. Somos felizes, nos alimentamos bem e graças a Deus temos muita paz.
Sua felicidade é estampada no rosto e garante que com o que produz no PDS Nova Esperança, chega a faturar bruto em torno de R$ mil/mês, isso pagando ainda um ajudante que trabalha um ou dois dias por semana, dependendo do movimento e da produção. “É por isso que agradeço ao INCRA, que para mim é o Cara e repito: Se Deus criou um lugar melhor do que este ficou pra Ele” – concluiu a assentada Edna Pereira Ramos.