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quarta-feira, 2 de novembro de 2011


COMPANHEIROS, CAMARADAS E ALIADOS

                                                                                      Osny Araújo*

Certamente que os primeiros dez meses de governo Dilma não foram dos melhores. A presidente se viu envolvida por problemas criados pelo seu primeiro escalão, o seja, pelos ministros todos compostos por companheiros, camaradas e aliados, que ela teve que demiti-los por força de fortes denúncias de corrupção.

Nesse quase um ano de Governo, a presidente-viajante, usou a caneta para demitir nada menos que seis ministros envolvidos em fortes denúncias de corrupção, prática que sempre foi condenada pela presidente, por isso, certamente deve ter tido muitos constrangimentos. Apesar disso, a limpeza está sendo feita nos ministério, hoje composto por maioria feminina. Ainda bem.

Na verdade, a onda de denúncias começou bem La atrás o que gerou a série de missões que foi iniciada pelo companheiro, o todo ex-poderoso Antonio Palocci, Chefe da Casa Civil e uma espécie de coordenador político do Governo, por onde tudo passava.

Palocci foi acusado de enriquecimento ilícito, sem explicações e pegou o chapem da viagem. Essa foi apenas a primeira grande baixa do Governo Dilma, que seguiu com Élson Jobim (PMDB), do Ministério da Defesa, Alfredo Nascimento (PR), dos Transportes, Wagner Rossi (PMDB), Agricultura e agora, recentemente foi à vez de se registrar a queda do camarada Orlando Silva, do Ministério dos Esportes.

Acusado de corrupção o ex-ministro camarada vai assistir a Copa do Mundo de 2014 como um expectador comum, pois em seu lugar, não ocorrer algo de erra, irá o recém-empossado ministro, deputado Aldo Rebelo, também camarada e já acusado por parte da mídia de ter recebido financiamento de campanha de empresas que estão atuando em obras para a Copa. Vamos aguardar se ele será ou não o ministro dos Esportes da Copa.

O fato é que o ministério que começou com a presidente Dilma, tinha meia cara dela e a outra metade do ex-presidente Lula. Tantos é verdade, que todos os que caíram, fruto de denúncias por parte da mídia de corrupção, fora integral ou parcialmente abençoados por Lula, mas pelo andar da carruagem, ainda tem mais ministros dessa lavra no forno assando e que ainda poderão cair num curto espaço de tempo.

Dizem as línguas nos corredores políticos, que estariam assando os ministros Carlos Lupi (PDT), do Trabalho, o companheiro Mário Negromonte, das Cidades e ainda o republicano Paulo Sérgio, dos Transportes.

Afirmam ainda os fofoqueiros políticos de plantão em Brasília, que a presidente vai trabalhar em janeiro para a formação de uma equipe mais homogênea e compromissada com o estado brasileiro, fundamenta na transparência, competência e ética. Acho que a presidente está coberta de razão e tomara que ela consiga levar em frente essa vontade.

A verdade, é que a presidente Dilma buscará com isso, é a formação de um ministério da sua própria lavra e que possa usar o poder que detém, para demitir um ou outro ministro que não se enquadre na filosofia do seu Governo e não por denúncias de corrupção, como ocorram nos seis casos aqui citados e que é do conhecimento público.

A admissão ou demissão de auxiliares, todos sabemos que é de competência exclusiva da presidente. O que ela não quer, é usar o poder que tem par demitir por denuncias de corrupção. O fato é constrangedor e certamente ela não quer mais continuar com essa prática no Governo, por isso, pensa em montar um ministério já a partir do próximo ano já com a sua cara e possa demitir sem os constrangimentos que as atuais demissões lhes causaram, em função da prática de corrupção dentro do Governo de um partido que no passado sempre se manifestou contra os atos que alguns importantes companheiros estão praticando agora. (Com postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético).

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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