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sábado, 31 de agosto de 2013


Papuda com bancada na  Câmara

                                                                                                                                  Osny Araújo*


“Isto é uma vergonha”. Diria o âncora do jornalismo da Band, Boris Casóy, sobre a vergonhosa posição da câmara dos Deputados quem em votação secreta livrou da cassação o deputado rondoniense Natan Donadon, (ex-PMDB), condenado pelo Supremo Tribunal Federal há 13 anos e quatro meses e preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília, ainda assim, continua deputado, num verdadeiro desrespeito a Justiça e a sociedade brasileira.
A verdade, é que a exemplo de outros seguimentos como os ruralistas, evangélicos, o chamado baixo clero, a Papuda, agora representado pelo deputado Donadon, também tem a sua representação no Congresso Nacional. É. De Gaulle realmente tinha razão quando disse certa feita que o “Brasil não é um país sério”. Essa afirmação, ainda jovem, revoltou-me à época. Hoje, concordo plenamente com o francês.
Tudo isso aconteceu pelo corporativismo que existe nesse mundo político, onde a grande maioria tem “rabo preso” e o que acontece hoje com um, poderá acontecer outro no futuro, por isso, com o voto secreto, sem que o parlamentar mostre a cara na hora de votar, vão levando com a barriga e a população enganada pelo seu deputado ou senador, porque não sabe a posição exata assumida por quem ajudou a eleger. É bom lembrar que tramita ou estão engavetados no Congresso nacional, vários projetos que extingue o voto secreto em votações como essa, mas a questão, parece não interessa a maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado da República.
Garanto que a maioria da população brasileira, com base na decisão assumida pelo Judiciário, seria a favor da cassação do deputado rondoniense, mas os sábios e doutos deputados, protegidos pelo voto secreto, entenderam a o STF agiu errado resolveram absolver um político condenado pelo STF e preso na Papuda, onde cumprirá o seu mandato.
Nem o mais rude cidadão consegue entender a posição assumida pela maioria dos deputados da câmara Federal, que se dizem representantes do povo no Parlamento brasileiro. O normal, no meu entendimento, seria a câmara apenas referendar a posição assumida pelo STF e nada mais.
Donadon foi condenado pelo STF, por crimes de peculato e formação de quadrilha, mas ainda assim, os seus pares em Brasília, através de votação secreta, resolveram passar por cima da decisão da Justiça e o presidiário continua deputado. Como o fato não foi bem visto pela sociedade, se hoje fizermos uma enquete junto aos parlamentares, a grande maioria dirá que votou pela cassação. Pura balela e demagogia.
Alias, deve dar mais votos a favor do que o número de deputados presentes a essa “histórica reunião da cassação” de um deputado presidiário, que mesmo absolvido pela Câmara, manterá o status de parlamentar, ainda que seja hóspede do presídio da Papuda continuará com o seu apartamento funcional em Brasília e como ficará sem comparecer a Câmara, a sociedade ainda pagará o salário e as mordomias do suplente que assumirá a cadeira no afastamento do titular.
Recordo-me agora, no processo de impeachment do ex-presidente Collor, onde a votação foi aberta e pouquíssimos votaram os que votaram a favor do ex-presidente, agora senador, porque o voto foi aberto e a sociedade estava de olho na votação desses ilustres eleitores e como ninguém queria ficar contra os eleitores, acabaram, talvez mesmo contrariados a votar pela condenação de Collor, o então famoso “caçador de marajás”.
Parlamentares que não aprovaram a decisão, integrantes do PSDB e PPS, anunciam que entrarão na Justiça tentando anular a vergonhosa votação, mas conversando com alguns especialistas na matéria, o STF dificilmente se envolverá novamente na questão, uma vez que a sua decisão já foi tomada, que foi a condenação do preso, que se mantém deputado, para envergonhar ainda mais a Câmara dos Deputados, que simplesmente cometeu um grande absurdo. (Postagem simultânea nos sites: Amazonianarede, Noticianahora, Tadeudesouza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br – amazonianarede@gmail.com

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Osny Araújo*
         
Fazia algum tempo que não escrevia um artigo com tanto prazer e alegria, como o que inicio agora, para falar no centro histórico da minha querida cidade de Manaus, da mesma forma, que faz tempo que não visito o local, exatamente para não ter o desprazer de cruzar aquela favela a céu aberto em que essa área nobre e histórica cidade, que pelo descaso de passadas administrações municipais, foi transformado numa grande favela urbana com “camelôs” ocupando todos os espaços de forma desordenada e logo na entrada cidade para quem aqui chega por via fluvial.
 
Quase no meio da semana, o prefeito Artur Neto, que há mais ou menos vinte anos atrás teve peito para retirar os ambulantes do centro, reuniu com a categoria e foi quase carregado pelos ambulantes quando o fechou a proposta que dará nova visibilidade ao centro e mais dignidade a essa categoria, com melhores condições de vida e trabalho.
 
Essa limpeza no centro histórico de Manaus, livrando da presença incomoda dos camelôs foi uma das promessas de campanha de Arthur, por isso, desde que assumiu a Prefeitura no dia 1º de janeiro, arquitetava meios legais para resolver a situação sem prejuízo para os ambulantes e juntamente com os seus assessores de ponta construiu uma ideia aceita e aplaudida pela categoria, a construção dos
Centros de Comércio Popular na área central da cidade e em alguns bairros.
 
A viabilização do projeto ainda em construção, com a participação de representantes da categoria, custará aos cofres municipais cerca de R$ 45 milhões e acho que vale a pena, para o centro voltar a ser belo e acolhedor como no passado e ser um local a mais de orgulho para quem nasceu ou vive nesta cidade de clima tropical e extremamente acolhedora, que um dia ganhou o apelido de “cidade sorriso” e sem essa favela central, talvez o simpático apelido seja recuperado também.
 
Como cidadão, entendo a posição dos camelôs para ganhar a vida e o sustento das suas famílias, mas como jornalista nunca me agradou essa invasão desordenada do centro da cidade, por isso aprovo e torço esse reordenamento.
 
Agora, com a determinação do prefeito e as bênçãos do G.`. A.`.D.`.U.`., quando a Copa do Mundo começar, no meio de junho de 2014, poderemos voltar a caminhar pelo centro de Manaus com orgulho e certamente os turistas que aqui chegarem, ficarão maravilhados pelo acolhedor espaço e aí sim, poderemos voltar a ter orgulho desse espaço que será inteiramente revitalizado e finalmente, livre dos incômodos “camelôs”.
 
Tenho consciência de que m tempo é curto até a chegada da Copa, como sei também, dos grandes desafios que o prefeito enfrentará para levar o importante projeto adiante.
 
Como conheço bem o Arthur e sei da sua paixão pela cidade, podem ter certeza de que todos os obstáculos serão vencidos para o bem estar dos camelôs e a felicidade dos seus habitantes e bem estar para os visitantes desta cidade morena, a mais importante capital da Amazônia brasileira plantada as margens do Rio Negro e tendo a sua frente o famoso Encontro das Águas, que inspirou o poeta Quintino Cunha na sua famosa poesia o Encontro das Águas, uma verdadeira obra em homenagem a beleza e ao amor.
 
Para que as coisas sejam mais tranqüilas para a viabilização desse arrojado projeto, não precisa dizer que o Prefeito precisará contar com o apoio da câmara Municipal e nessa hora, os vereadores devem pensar na cidade como um todo e esquecer as divergências ideológicas e partidárias, deixando as querelas para o tempo da campanha eleitoral. Que assim seja.
 
(Postagem simultânea nos sites: Noticianahora, Amazonianarede, Tadeude Souza e blog Jornalismo Eclético)
*Osny Araújo é jornalista e analista político.
E-mail: osnyaraujo@bol.com.br O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. amazonianarede@gmail.com