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terça-feira, 9 de março de 2010

A SUCESSÃO COMEÇA A CLAREAR
                                                                                               
                                                                                            *Osny Araújo

A corrida sucessória para o Governo do Amazonas, começa a ganhar um corpo mais definido e com isso a clarear um pouco, oferecendo uma idéia mais ou menos cristalina de como ocorrerá o processo eleitoral deste ano para a sucessão do governador Eduardo Braga, que parece ter uma vaga garantida para o Senado da República.

Com a anunciada candidatura do ex-prefeito de Manaus Serafim Correa (PPS), fica claro que deveremos ter um pleito bem disputado, mexendo com o eleitor, que até por uma questão cultural não se envolve muito em questões políticas partidárias, mas em ano eleitoral, a coisa esquenta, as discussões ganham as ruas e a política passa a ser o grande assunto nas reuniões entre amigos, nos bares, nos restaurantes e em todos os lugares. Na verdade, eleição é como Copa do Mundo, tem de quatro em quatro anos e quando vem, empolga.

Praticamente definidas estão às candidaturas do senador-ministro Alfredo Nascimento, (PR), que terá o incondicional apoio do presidente Lula e da sua candidata à presidência da República, ministra Dilma Roussef, do ex-prefeito de Manaus; Serafim Correa (PPS), com apoio do senador Artur Vergílio Neto, (PSDB), candidato à reeleição e possivelmente a do vice-governador Omar Aziz (PMN), que poderá contar ou não com o apoio do governador Eduardo Braga, aliado de primeira linha do presidente Lula que deseja um palanque único dos aliados no Amazonas em defesa das eleições de Nascimento e Dilma.

Braga, com doutorado em política e dono de um influente discurso está com a questão em banho-maria e ainda não se manifestou claramente sobre a postura que assumirá nessa acirrada disputa eleitoral para o Governo do Estado.

Não tenho dúvidas de que o pleito será polarizado nessas três candidaturas, todas com chances reais de vitória, dependendo, naturalmente dos discursos, das propostas e das articulações políticas que estão sendo construídas. Até que sejam realizadas as convenções para a oficialização das candidaturas, ficaremos apenas na expectativa e com as nossas suposições.

Entres os três nomes em evidência, dois tem votos universais no Estado, o ministro Alfredo Nascimento, que já foi prefeito de Manaus, vice-governador e agora senador e o vice-governador Omar Aziz, que viaja muito pelo interior com o governador Eduardo Braga e foi deputado estadual, fatos que o credencia como um político conhecido em todo o Estado e com votos também pelo interior.

Em desvantagem nesse aspecto, parece estar o ex-prefeito Serafim Correa, que não tem grande densidade eleitoral no interior. Ele sempre foi um político urbano, com a sua votação concentrada na capital, de onde foi vereador e prefeito, embora o filho Marcelo Serafim seja deputado federal, o que certamente facilitará um pouco a sua vida na caça dos votos interioranos.

Na verdade, as pedras do xadrez estão sendo postas no tabuleiro, com todos os cavalos e rainhas e os jogadores, digo, os candidatos, começam armar suas estratégias para desenvolver bem o jogo e dar um xeque-mate, mas a missão, posso garantir, não será nada fácil e o jogo se prenuncia muito difícil.

Lula deseja um palanque único para os aliados no Amazonas, que seria de apoio à candidatura de Alfredo Nascimento para o Governo do Estado e de Dilma Roussef para presidente. Nesse barco aliado viajam o governador Eduardo Braga e o prefeito Serafim Correa. Amazonino, que alguns desconfiam que será candidato, já falou publicamente do seu apoio a Nascimento. O governador Eduardo Baga está guardando o segredo no bolso do paletó e ainda não se definiu pelo apoio ou não a Nascimento ou pela candidatura do vice-governador Omar Aziz. Aí está o segredo e um forte ingrediente para a definição da sucessão no Amazonas.

Enquanto as convenções não acontecem para a oficialização das candidaturas, os partidos vão conversando e fazendo articulações para a montagem de uma base eleitoral, inclusive com a procura dos nomes dos candidatos à vice, que mesmo sem receberem votos diretos, são peças fundamentais nesse jogo que será decido pelas pelo povo através das urnas quando outubro chegar. Até lá, ficamos apenas na expectativa.

*Osny Araújo é jornalista e analista político.
e-mail: osnyaraujo@bol.com.br

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