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sábado, 13 de março de 2010

A PONTE, ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA
E A PREOCUPAÇÃO DOS COMERCIANTES

Manaus - Não Resta dúvida de que a ponte sobre o rio Negro, um dos grandes marcos da administração do governador Eduardo Braga (PMDB), ligando Manaus ao municio do Iranduba, via rodovia Manoel Urbano e da chamada Região Metropolitana, como Manacapuru e Novo Airão, de forma direta, provocará um grande impulso socioeconômico a esses municípios, especialmente para Iranduba e Manacapuru.
Certamente que muitas coisas boas e ruins chegarão a essas cidades. Com certeza muitos prédios, luxuosos condomínios, hotéis qualificados e tantos outros investimentos públicos e privados atravessarão o rio e com isso, irão também às favelas, aumentará a bandidagem e por aí vai. Coisas do progresso, onde o bom e o ruim caminham sempre juntos.
Pouco antes do final do ano visitei a trabalho alguns desses municípios e numa rápida pesquisa é fácil ver como a especulação imobiliária tomou conta desses municípios que serão beneficiados diretamente pela ponte, o que os transformará, praticamente em bairros de Manaus, considerando a sua proximidade da capital, principalmente Iranduba que fica a menos de 30 km da grande metrópole.
O metro quadrado das terras subiu assustadoramente e os proprietários não parecem afobados a vender suas propriedades, apostando alto num futuro próximo, considerando, que segundo o governador Eduardo Braga a ponte, que será sem dúvida um novo cartão postal da cidade, será inaugurada ainda no seu Governo.
Guardadas devidas proporções, o Cacau Pirera, no município de Iranduba, área onde desemboca a ponte no outro lado do rio, será uma espécie de Niterói, a bela cidade do rio de Janeiro, interligada a capital fluminense pela famosa ponte Rio-Niteroi, construída no tempo do Governo Militar, o que tornou o vai-e-vem entre as duas cidades bem mais fácil, fato, que naturalmente, será vivido por aqui quando entra em funcionamento a ponte sobre o rio Negro.
Do outro lado, a euforia e a expectativa com a aproximação da inauguração da ponte estão mexendo com a população, especialmente com os proprietários de terrenos que sonham em fazer bons negócios e do ouro lado, ou seja, em Manaus, grandes construtoras, imobiliárias e empresários de outros setores estão de olho nos negócios e se preparam para a realização de grandes investimentos do outro lado do Negro e Solimões, que a partir do próximo ano, em função dessa grande obra, começarão a viverem novos tempos.Os prefeitos de Iranduba, Nonato Lopes e Edson Bessa, de Manacapuru, especialmente, estão eufóricos com o futuro de seus municípios e garantem que as duas cidades estão prontas para viver novos momentos, com mais investimentos públicos e privados, o que naturalmente fortalecerá as suas economias. Na verdade, todos sonham com um futuro promissor.
Enquanto os prefeitos e as populações das cidades do outro lá estão vivendo esse momento de euforia e de esperança, a turma de Manaus, que ganha à vida, trabalhando na travessia de pessoas e veículos começa a ficar preocupada com o futuro.
Isso se vê claramente nas conversas no porto de São Raimundo, de onde saem as sucateadas balsas com os veículos para o outro lado e com os proprietários das embarcações e voadeiras que ganham a vida realizando a travessia de passageiros entre um lado e o outro. Para esses, o futuro é meio incerto.

PREOCUPAÇÃO

Como o progresso é uma via de mão dupla, os comerciantes e “camelôs” do distrito de Cacau Pirera, no chamado porto das balsas, por onde passa grande parte da economia do município de Iranduba, estão preocupados com a aproximação da inauguração da grande e importante obra de integração da Região Metropolitana e o futuro comercial da área.
Os comerciantes garantem que torcem muito pela ponte, mas não sabem como serão futuro, uma vez que ganham a vida como comércio no local. “Sem o movimento que chega aqui pelas balsas, não teremos para quem vender nada e aí, a vida ficará muito mais difícil”, afirmou um comerciante que não quiz se identificar.
Disse ainda que as lideranças do distrito, estão entrando em contato com a Prefeitura para tentar conseguir algum meio de sobrevivência, mesmo com o funcionamento da ponte.
O que eles estão querendo, é que pelo menos os coletivos, ao saírem da ponte façam uma parada de pelo menos 15 minutos no local e com isso possam ainda realizar alguns negócios e se manter trabalhando no local. Nas fotos a ponte em construção e o comércio do Cacau Pirera.(Osny Araújo)





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