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quarta-feira, 17 de março de 2010

Copom mantém juros em 8,75% ao ano pela 5ª reunião consecutiva



Brasilia - À espera de decisão sobre juros, Bovespa fecha em leve queda BC do Japão mantém juro e injeta dinheiro na economia Citando deficiências da economia, BC dos EUA mantém taxa de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve, pelo quinto encontro consecutivo, a taxa básica de juros da economia brasileira em 8,75% ao ano. Os juros estão neste mesmo patamar desde 23 de julho do ano passado.
A manutenção da taxa de juros neste mês já era esperada pela maior parte dos analistas do mercado financeiro, embora grande parte dos economistas também já projetasse uma elevação da taxa Selic em março.
A expectativa do mercado financeiro, segundo pesquisa realizada pelo BC, é de que a taxa de juros suba a partir do mês de abril, chegando a 11,25% ao ano no fim de 2010.
Mesmo com a manutenção dos juros, o Brasil se manteve na liderança do ranking mundial de juros reais, que são contabilizados após o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses.
Segundo a consultoria UpTrend, os juros reais brasileiros somam, atualmente, 4% ao ano. Em segundo lugar, aparece a Indonésia, com juros reais de 2,6% ao ano, seguida pela China (2,5% ao ano).
A decisão do Copom, porém, não foi unânime. Enquanto cinco diretores optaram pela manutenção dos juros, outros três queriam uma elevação de 0,5 ponto percentual, para 9,25% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para 27 e 28 de abril.
Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte explicação: "Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 8,75% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela elevação da taxa Selic em 0,5 p.p. O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária."
Política de juros
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Copom tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Ao subir os juros, atua para conter a inflação e, ao baixá-los, avalia que a inflação está condizente com as metas.
Para este ano, 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,0%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Com melhora da crise financeira e subsequente reaquecimento da economia, os indicadores de inflação de janeiro e de fevereiro já começaram a apresentar sinais de uma alta mais pronunciada. Dados mais recentes apontam para uma recuperação do emprego, das vendas e do volume de crédito, o que poderia impulsionar os preços.
Críticos do aumento de juros, porém, argumentam que a elevação da meta de superávit primário (economia feita para pagar juros e manter a dívida em queda) neste ano, para 3,3% do PIB para todo o setor público, e dos compulsórios, por parte do BC, poderiam atuar em sentido inverso e atrasar uma elevação da taxa Selic.
A reunião do Copom de março pode ser a última do presidente da instituição, Henrique Meirelles, que se filiou ao PMDB. Para disputar as próximas eleições, ele terá de se desincompatibilizar (deixar seu cargo público) até 2 de abril. Meirelles é o presidente do BC mais longevo, no cargo há sete anos.
O presidente do BC deve anunciar sua decisão nas próximas semanas. Está cotado, para assumir seu lugar, Alexandre Tombini, atualmente na diretoria de Normas da autoridade monetária.(B.Central)



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